terça-feira, 29 de outubro de 2019

Entrevista com Luciano Bastos, um exemplo de militância e Perseverança no meio!

Bom, galera, hoje apresento a vocês uma entrevista muito especial, com o grande Luciano Bastos.



O Luciano vem a muito tempo trabalhando com jogos, através de estudos acadêmicos, oficinas, criação, trabalhos pedagógicos em escolas, e até mesmo um canal muito bacana no youtube.
Aliás, foi justamente o canal do Luciano que anos atrás despertou em mim o desejo de voltar a pesquisar RPG, busca essa que resultou em tudo que temos hoje.

Bom, sem mais enrolação, segue aqui esse grande momento na história do nosso blog! Como sempre, sem edição nenhuma!

Olá, Luciano, tudo bem contigo?

Tudo tranquilo camarada! Na infinita correria de fim de ano, que você conhece, para entregar notas, corrigir testes, provas e trabalhos e entregar material do mestrado.

Desculpa a demora em enviar essas perguntas, também estou um pouco enrolado com a faculdade, mês de outubro/novembro é fogo!

Imagino! Sempre!

Cara, primeiramente gostaria de agradecer você; foi um vídeo seu em que você apresentava sua coleção de livros-jogos que despertou em mim o desejo de voltar a jogar RPG, em uma época em que fiquei quase 4 anos longe do hobby!
Vi a sua coleção e pensei: “Gente do céu, eu preciso disso aí!”

Nossa, que bacana! Fico muito feliz e ainda mais feliz por saber que contribuí de alguma forma! 

Aqui estão as perguntas, sinta-se livre para responder do jeito que quiser, e quando quiser!

Ok! Segue então!

1-Você tem trabalhado com oficinas/criação de jogos, jogos pedagógicos e temas relacionados...poderia nos contar um pouco mais sobre seu trabalho?

Sim. Iniciei a pesquisa em 2005. A partir daí fui apresentando palestras e falas em vários espaços como centros culturais, escolas, universidades e eventos, sempre sobre o RPG e o jogo na cultura.
A partir de 2013 me concentrei construir uma base conceitual mais concreta com um aprofundamento teórico auxiliado pela graduação. Terminei a faculdade em 2015 e iniciei um ciclo prático de utilização de jogos como ferramenta pedagógica (queria ter mais propriedade ao falar sobre a ação daquilo que eu apresentava em teoria). Passei a lecionar História e Filosofia para o ensino médio na escola em que trabalho até hoje.

Nesse ponto, quis aprofundar ainda mais a pesquisa na educação lúdica, foi então que comecei a procurar, na plataforma Lattes, orientadores para um possível mestrado. Descobri então o trabalho da Profa. Dra. Taís Silva, que lecionava e coordenava a pós-graduação stricto sensu no PPFEN Programa de Pós-graduação em Filosofia e Ensino do CEFET RJ, vi que em seu currículo existiam vários trabalhos relacionados ao jogo na educação, inclusive um curso de extensão com tema, Jogos e Filosofia, onde os alunos criavam seus próprios jogos educacionais. Apresentei então o esboço do meu projeto, fui aluno ouvinte, fiz o concurso para ingressar na instituição como aluno mestrando, e graças aos deuses dos Jogos, concluo o mestrado em breve.

 Sou membro do grupo de Pesquisa com fomento do CNPQ, Jogos Filosóficos, abordagens didáticas para o ensino de filosofia e sou colaborador do Curso de Extensão Filosofia e Jogos do CEFET RJ, também sou cocriador e co-organizador do Simpósio Fluminense de Jogos e Educação e Membro do Ludus Magistérium um grupo de pesquisa multitemático de jogos e educação que envolve pesquisadores de todo o país.

Por coincidência eu trabalhava em paralelo, meio período, em um gráfica chamada Power Image. Lá eu e o Dirtor Marcio Carneiro criaríamos a Startup The Game Maker, uma fábrica de jogos e editora que começou a fazer a produção e publicações de jogos de mesa (RPGs, Jogos de Tabuleiro e Wargames) através de uma plataforma on demand.

Bem... Juntando "alhos com bugalhos" o resultado não poderia ser outro. Hoje apresento uma oficina de nível acadêmico (em função da minha pesquisa) e técnico (por conta do conhecimento do mercado e das técnicas de produção de jogos) com teoria, vivência e prática na produção de jogos educacionais, muitas delas para Professores, Mestres e Doutores de diversas instituições de ensino como UERJ, UFF, Fiocruz, ISERJ, CEFET entre outras. Além disso, participo de ações em escolas levando os jogos comerciais e apresentando possibilidades e potencialidades dos jogos para fins educacionais ou recreacionais.

Tenho três jogos educacionais publicados em parceria com outros educadores e trabalho na produção de mais dois, além de um RPG comercial com previsão de lançamento para 2020.

2-Seus estudos acadêmicos são relacionados ao tema, Luciano?

Sim. Na minha pesquisa venho dialogando com filósofos da cultura, sociólogos, game designers, psicopedagogos entre outros pensadores e educadores, sempre com o tema dos jogos. Minha pesquisa hoje está concentrada na hermenêutica do jogo de RPG enquanto ferramenta para o ensino de filosofia, dadas as suas qualidades dialógicas e narrativas conceituais. Repensar o mundo através do ficcional, como diria Tolkien, é falar de coisas sérias através do fantástico. Pensadores como Walter Benjamin, Vygotsky, Huizinga, Caillois, Vial, Katie Sallen e Erick Zimmerman, Rodrigues, Pavão, me ajudam a criar contornos sobre a definição do que é o jogo a cultura do jogo e de suas possibilidades pedagógica.

3-Sentimos muita falta do seu canal! Alguma chance de termos vídeos do Luciano novamente?

Sim. Parei de fazer vídeo por cauda justamente dessa loucura da pesquisa do mestrado e do trabalho na The Game Maker. Em 2020 volto a fazer vídeos para o Dungeon 90.

4-Como foi que você conheceu o RPG?

Nossa, que viagem no tempo!
Sou natural da Bahia, vivi em Salvador até 1988. Entre 1987 e 1988 um colega de escola me apresentou o livro Aventuras Fantásticas: A Cidadela do Caos de Steve Jackson e Ian Livingstone da editora Verbo de Portugal, (o pai dele viajava para lá com certa frequência), fui fisgado na hora pelas ilustrações, pelo tema, pela possibilidade de enfrentar monstros mágicos, encontrar tesouros e conhecer outros mundos fantásticos.

Em 1988 me mudei para Santos em SP e entre 1989 e 1991 comecei a jogar AD&D (a 2° edição de AD&D em inglês tinha acabado ser lançada [players] e o Real tinha acabado de entrar em vigor no país, Santos era um dos maiores portos da América Latina. Bem, essa soma de fatores gerou uma enxurrada de importados nas livrarias) sei por intermédio de amigos e parentes e o registro documental que esse era um fenômeno nas grandes capitais também.

Em Santos existia a Banca do Paulinho (que iniciou muito marmanjo da minha geração na cidade) e dois "templos nerds" do RPG. Um era a ARPGS Associação de RPG de Santos (que alguns também chamavam de ASRPG Associação Santista de RPG) que ficava no bairro do Gonzaga e a loja Universo Paralelo que ficava no Embaré, Canal 5, nesses dois points fui "iniciado" em jogos como Warhammer Fantasy, Call of Cthulhu, Traveller, Pendragom, Earth Dawn, Shadowrun, Cyberpunk 2020, "MUITO(s) GURPS", AD&D, Vampiro Lobisomem, Everway, Amber, Battletech (MechWarrior), Immortal, Kult, vários Wargames, card games...

5-Quais jogos você mais curte atualmente? E qual o RPG que você mais jogou na vida?

Bem, eu soou um cara meio "do contra" que acredita realmente que RPG não tem data de validade. Não navego na onda do mercado, mas na minhas inspirações e curiosidades. Atualmente eu tenho relido e estudado publicações noventistas, principalmente o trabalho do Jonathan Tweet (Over The Edge, Everway, 13° Era, que considero um gênio visionário) e do John Wick (House of the Blooded), além de jogos indie que eu possa utilizar em sala de aula, a exemplo do BlueWay, The Forest, Este Corpo Mortal, A Bandeira do Elefante e da Arara.

Mas para não negar completamente esse mercado cheio de coisas incríveis que são publicadas hoje, recentemente comprei o Call of Cthulhu 7° edição, publicado pela Editora Neworder e estou apaixonado também. 

Coleciono material de COC de 1996 e essa edição está de tirar o fôlego, não só pela excelente qualidade de produção gráfica (conheço bem esse tipo de trabalho) como pela tradução e a própria estrutura didática de apresentação das regras, cenários e mitologia do jogo). Os jogos da Lampião Game Studio também figuram entre as compras mais recentes, como Arquivos Paranormais e Pesadelos Terríveis, gosto muito da sensibilidade e simplicidade do trabalho do Jorge Valpaços.

O RPG que eu mais joguei na vida foi o AD&D, disparado, foi o único RPG que mantive campanhas semanais por mais de 2 anos aqui no Rio de janeiro com meu primeiro grupo carioca. Tenho dezenas de livros, caixas e suplementos desse RPG.

6-Quais jogos você ainda não jogou, mas gostaria (não falo só de RPG, mas de jogos em geral)?

Bem. Eu costumo comprar tudo que sai de Call of Cthulhu ou do universo dos Mitos de Cthulhu (quadrinhos, livros, jogos de PC). Não se trata de consumismo é colecionismo mesmo, e apesar de ter as edições anteriores do board game Arkham Horror, eu ainda não joguei a ultima edição publicada no Brasil pela Galápagos e gostaria muito de conhecer.

Um jogo de RPG que eu quero muito, mas muito mesmo conhecer e jogar é o inacreditável Invisible Sun do Monte Cook. Eu particularmente não gosto dos jogos do Cook, mas esse está de parabéns, gostaria muito mesmo de jogar e conhecer um jogo com conceitos tão inovadores.
Outro RPG que eu gostaria de experimentar por sua causa Tarcísio é o Mythic, mas esse eu creio que consigo dar uma lida nessas férias, já comprei o PDF. :-D

Eu jogo também Wargames, e tive um relato de um amigo que me deixou muito curioso e louco para conhecer o SPECTRE: OPERATIONS da Spectre Miniatures, o jogo mistura narrativa e wargame nas regras e isso é fantástico e inovador para esse tipo de jogo, quero muito ter essa experiência, geralmente os Wargames são pesados, com regras e complicações diversas (com exceção dos jogos da Ganesha Games e o DBA), mas esse realmente chamou minha atenção.

7-Além do RPG e jogos em geral, em quais outras mídias você busca inspiração?

Hoje meu diálogo com os alunos em sala de aula me obriga, de forma muito prazerosa, a conhecer vários dispositivos culturais, isso inclui séries de TV, quadrinhos, musica, filmes e desenhos animados, além de jogos de PC e console. Mas pessoalmente prefiro temas fantásticos, sombrios e sobrenaturais (de comum já basta a vida!) tenho lido quadrinhos nacionais, visto séries intrigantes e maravilhosas como Penny Dreadful, Carnival Row, Deuses Americanos, Dirk Gently, Crônicas de Shanara (Li bastante coisa do Brooks) e na literatura Anne Rice - Merrick, Joe Hill - Estrada da Noite, além dos já citados RPGs noventistas. Tenho lido também muito material sobre Mitologia por causa dos meus RPGs.

8-Como você vê o momento atual do RPG no Brasil?

Incrível. É importante entender que passamos por uma das maiores recessões dos últimos 30 anos. Nesse contexto, vemos a abertura de dezenas de editoras, centenas de publicações - seja em plataformas digitais como a Dungeonist e a The Game Maker, opu nas prateleiras das lojas - vendendo jogos de RPG de todos os tipos, assim como financiamentos muito bem sucedidos como o do jogo Tormenta.

Em paralelo as redes de vendas online como a Amazon, permitem a aquisição de livros importados com valores bem razoáveis e a venda de PDFs  (antes um crime de pirataria), agora permite que toda uma nova geração de jogadores - literalmente - conheça jogos da épocas em que eles nem eram nascidos.  Isso e a revolução digital criada por programas de edição gráfica que permitiu que uma legião de escritores amadores publiquem suas idéias em formato digital com acabamento semi-profissional.

Minha única tristeza é que o ineditismo do RPG acabou. Na "era de ouro" ou "boom do RPG" no Brasil o impacto cultural do jogo foi maior, apesar de sua popularidade e disponibilidade serem menores, mas isso é papo para uma outra hora, quando falarmos da História do RPG...
Outro fenômeno que demonstra a proliferam a abrangência do hobby são os grupos de FaceBook sobre RPG, como o Solo RPG que você administra. Da ultima vez que fiz um mapeamento para divulgação do meu RPG, eram mais de 60 grupos de RPG no face no só no Brasil.
9- Uma curiosidade : Você ainda encontra tempo de jogar aquela sua coleção incrível de livros-jogos?
Sim. Tenho um ritual diário com a minha esposa de ler sempre alguma coisa, uma hora ou duas antes de dormir. Isso inclui essa batelada de coisa sobre a qual falo na entrevista. Hoje, por exemplo, estou jogando Exércitos da Morte  e já sei que vou jogar Fortaleza do Pesadelo em seguida. Trinta anos depois e os livros jogos Aventuras Fantásticas continuam a ser uma diversão e ótima maneira de passar o tempo! A Editora Jambô ainda contribui com novos livros da série que não haviam sido lançados em PT.

10- Vamos falar de música: você pode citar alguma banda que te faça lembrar de algum RPG? (por exemplo, SistersofMercy me faz lembrar de Vampiro a Máscara). Pode citar mais de um se quiser!

O som etéreo e mágico da World Music e da na Nova Era (nossa, muito década de 90!) me lembram Jogos sobre magia, ocultismo e mitologia como, Nephilin, Kult, Witchcraft, Era do Caos, Unknown Armies, ou seja, o som de Enya, Loreena McKennitt, Black Moors Night, Enigma, ERA, Deep Forest.

Já bandas como Nine Inch Nails, Mission UK, Killing Joke, Dead Can Dance, Philds of Nephilin, Gardem of Delight me lembram jogos como Vampiro, Wraith, Este Corpo Mortal, Over the Edge.

Cyberpunk, Shadowrun, Mago Ascensão, eram inspirados para mim pelo som do Filter, Prodigy, Chemical Brothers, Crystal Method, Lords of Acid, Cold Storage.

As referências são infinitas. Eu produzia CDs de trilha sonora para os jogos que eu narrava no Saia da Masmorra lá eu assinava como Luciano Tolkien, segue o link de alguns deles:




11- Aqui, Luciano, o espaço é todo seu, use do jeito que quiser: divulgue seu trabalho, ou deixe um recado, ou coloque uma receita de macarrão que vem sendo passada na família há séculos...befree, myfriend!

Queria agradecer pela oportunidade de falar um pouco sobre essa trajetória fantástica e de poder compartilhar contigo e com os leitores experiências e trabalhos.

Meu trabalho como designer de jogos educacionais pode ser conhecido a acessado e comprado no link:


Estou desenvolvendo dois jogos de RPG com temática sobrenatural e fantasia urbana. Um deles e o projeto Arché (esse demora ainda para sair) e o outro é o Órama RPG, um RPG de horror no Brasil contemporâneo mítico que utiliza cartas do Baralho Cigano ou Lenormand em vez de dados. Trata-se de um sistema qualitativo em vez de quantitativo inspirado por trabalhos como Everway, Castelo Falkenstein e Amber. Segue o link da página do Face para quem quiser conhecer:


E mais uma vez muito obrigado!

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

The Dungeons of Hogwarts - Harry Potter Gameplay - Parte 25 - Parte Final!



Bom, galera, finalmente chegamos ao fim da primeira campanha no universo mágico de Harry Potter!
Foram 3 meses de aventuras, 25 sessões, mais de 10 simuladores de Mestre.

Gostei demais dessa aventura!

Além de testar e aprovar o RPG “Broomstix” – que sistema fodaaaaaaaaa – serviu para treinar a construção de histórias dentro de universos ficcionais já estabelecidos.

Já havia feito isso no gameplay de “Lá e de Volta Outra Vez”, no mundo de Senhor dos Anéis, mas agora foi tudo bem mais desenvolvido.

A aventura não parará por aqui; Thorson, Josy, Amanda e Katherine ainda viverão muitas novas aventuras, e em breve estarão de volta, encarando novos desafios...



Do Diário de Thorson Pockesmith, aluno do primeiro ano da Lufa lufa


“Ufa, nem acredito que estou aqui, novamente, no salão comunal da Lufa-Lufa! Levou quase 2 dias para parar de tremer depois que a professora Trelawney nos trouxe de volta para Hogwarts. Katherine, Josy e Amanda parecem ter interpretado toda a história de forma diferente – no mesmo dia, no jantar, vi as 3 conversando animadamente sobre tudo que havíamos passado.
Logicamente, devemos manter a história em segredo; o próprio Dumbledore nos pediu que não contássemos a ninguém o que havia acontecido. Ele nos parabenizou pela coragem e pelos serviços prestados à escola – disse que fomos extremamente corajosos. Mas também nos recomendou a pararmos com nossas incursões pelas dungeons, a fim de evitarmos perigos desnecessários.
Eu particularmente acredito que ela está certíssimo! Que loucura, andarmos sozinhos por locais milenares, sem saber o que lá se esconde (bom, agora sabemos que até um Dragão vive por lá). No entanto, as meninas parecem menos impressionados, e já ouvi mais de uma vez elas combinando uma possível volta aos corredores das masmorras.
Algumas coisas, no entanto, ficaram inexplicadas. Perguntei ao Diretor, mas ele disse que certas coisas ficam melhores quando a deixamos de lado.
Mas...
-Que criatura era aquela cujos olhos eu avistei nos corredores, no dia em que encontrei o livro e toda aventura começou?
-O que aconteceu com os alunos da Sonserina que ajudaram os bruxos das Trevas a entrarem no Castelo? Eles simplesmente sumiram depois do combate na Travessa do Tranco...
-Esses eventos tem alguma relação com toda essa história de Câmara Secreta que tem corrido de boca em boca entre os alunos?
Enfim, estamos a salvo. Agora só quero saber de estudar, e passar minhas horas vagas na biblioteca...”


segunda-feira, 14 de outubro de 2019

The Dungeons of Hogwarts - Harry Potter Gameplay - Parte 24 - Penúltima parte



Nessa penúltima parte do gameplay, usarei apenas o QUILL, e interpretarei Alvo Dumbledore, relatando ao Ministro da Magia Cornelius Fudge tudo que se passou...



 Pote de Tinta

Ameaça/perigo
Bruxos das Trevas/Comensais da Morte
Criaturas sinistras/Seres Malignos
Escola/Castelo de Hogwarts
Estudantes/Alunos
Ritos/Rituais
Criatura Reptiliana/ Dragão Romeno
Masmorras/Dungeons
Professores/Docentes
Indícios/Sinais

Dumbledore, logicamente, supera em muito uma pessoa comum, e possui os seguintes atributos:
Caligrafia: Bom
Coração: Bom
Linguagem: Bom

(sim, o cara é bom em tudo)

Profile: Você, Alvo Dumbledore, conseguiu salvar os alunos das mãos dos bruxos das Trevas, tendo eliminado alguns e dissipado o ritual. Infelizmente, os bruxos conseguiram aparatar antes de serem pegos realmente.
Você deve escrever uma carta ao Ministro da Magia Cornélio Oswald Fudge, relatando o ocorrido, e tentando fazer o ministro ver esse evento como sendo perpetuado por Comensais da Morte, e que talvez eles estivessem a serviço de “Você-Sabe-Quem”

Querido amigo e Ministro Cornelius,

“Creio que nesse momento você já deva estar a par de tudo o que aconteceu recentemente em Hogwarts, e da grande e terrível ameaça que se abateu sobre alguns de nossos queridos estudantes (-1). Julgo , no entanto, necessário meu próprio relato, uma vez que tomei parte direta no confronto final e suspeito que a verdade por trás desses tristes acontecimentos seja ainda mais sombria e preocupante.
(+1)

Nossa antiga escola (-1) foi invadida e atacada. Com a ajuda de alguns alunos da Sonserina (cujos nomes se encontram em um pergaminho sigiloso, em uma outra coruja, a fim de preservar o nome das famílias desses jovens, que muito provavelmente não sabem no que seus filhos estavam se metendo), um grupo de bruxos das trevas conseguiu invadir nossas instalações, entre as quais a Torre dos Fantasmas. Sabemos o quão perigoso seria se os itens ali presentes caíssem em mãos erradas.
(0)

Nossas masmorras foram invadidas também, e apenas a coragem – ou deveria dizer “imprudência” – de 4 alunos (os alunos Thorson Pockesmith, da Lufa Lufa, Katherine , também da mesma casa, Josy Johanson, da Sonserina e Amanda Ceroullia, da Corvinal), que investigaram os estranhos acontecimentos por simples curiosidade, deu-me as pistas necessárias para entender o que estava acontecendo.
(+1)

Segundo os documentos que consegui, e seguindo as pistas conseguidas por esses nobres alunos – que por pouco escaparam da aventura – eu descobri que existe um grande complô de bruxos tentando realizar um ritual(+1) até então desconhecido, de grande poder, e cujo resultado faria com que todas as criaturas mágicas do mundo – veja bem, eu disso TODAS! – obedecessem ao comando de um deles. Justamente por conta disso, segue em anexo a lista de itens que fazem parte do estranho ritual, e recomendo fortemente que esses objetos sejam destruídos imediatamente. Será uma pena vivermos em um mundo sem a Muleta de Krepper, ou mesmo as Moedas Alisadoras de Sullivan IV, mas é um preço pequeno a ser pago. Não podemos das chances. Mas algo mais me intriga...
(+1)

Creio que as ações desses bruxos- que infelizmente conseguiram fugir, não sem grandes baixas – é extremamente parecida ao modus operandi dos antigos Comensais da Morte. Sei o pavor que tal afirmação pode trazer, mas negar indícios tão evidentes (-1)seria um erro que certamente nos arrependeremos no futuro, se assim optarmos. Em vista dos recentes acontecimentos com o Senhor Potter, devemos interpretar isso como um chamado à preparação. Tempos sombrios se avistam, Cornelio; temos que estar prontos.
Assim, na certeza de que você certamente refletirá profundamente essas questões e tomará a decisão mais acertada para o mundo bruxo, me despeço; minhas mãos estão geladas, preciso achar minhas luvas de crochê gentilmente cedidas pela professora Trelawney...ainda que não acredite que elas tenham o poder de revelar resultados da copa mundial de Quadribol, como a professora afirmou, são excelentes para dias frios como esse...”

(+1)


Pontuação total: 2 (muito, muito ruim!)

Consequências: O Ministro Cornelius Fudge nem se dignou a responder tal missiva. Tivesse ele acreditado, talvez tudo tivesse se passado de forma diferente; talvez a Ordem da Fênix tivesse ressurgido com antecedência. mas o que está feito, está feito...

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Feast of Legends: Um pequeno review

Galera, ontem fomos surpreendidos por um lançamento bem inusitado: uma rede de Fast Food famosa nos EUA (ainda que desconhecida no Brasil) lançou , como parte de seu marketing e propaganda, um RPG completo , de 97 páginas, com um cenário de fantasia medieval repleto de referências ao próprio negócio.



Muito tem se discutido sobre a validade desse material ou não. Pessoas bem engajadas dentro do Hobby, como Scoot Malthouse, criador do QUILL e meu game designer favorito, se posicionaram totalmente contra essa investida da MANDY's. ALiás, o Scott fez um texto irritadissimo no seu blog!kkkkkkkk.

Eu vou aqui dar APENAS minha opinião sobre isso, uma vez que acabei de ler o documento inteiro, e gostei muito de tudo que li.
É apenas minha opinião, sintam-se livres para discordar.


Feast of Legends - O Livro

Bom, vou começar comentando do PDF em si.
Trata-se de um pdf muitooooo bem feito, muito bem produzido!
Possui desenhos muito bem feitos, diagramação limpa em duas colunas, e uma estética que parece uma mistura de D&D 5 Edição com Index Card RPG (falando da parte estética).
Os mapas são muito bacanas.

Falando na real, tem uma diagramação e layout mais bacana e profissional que muita coisa que é lançado oficialmente por empresas que só trabalham com RPG.
Ponto positivo para a Mandy's!



O Sistema

O sistema não apresenta grandes inovações, sendo uma variação do basicão D&D.
A grande diferença talvez seja o fato se utilizar dados de 4 lados na hora de determinar os Stats, que são 5 - Força, Inteligência, Charme, Arcana e Graça (traduções literais). Esses valores lhe darão bonus, que serão usados nas rolagens.
O Ataque é feito com um D20 contra a Defesa do Adversário, exatamente como estamos acostumados.

Há sistema de Vantagem e desvantagem, habilidades...tudo bem dentro do comum Old School/5 Edição, nem me extenderei nesse ponto, vocês já conhecem as mecânicas.

Algumas pessoas criticaram a o sistema por ser muito pouco original. Concordo que não é original, mas TODAS as criticas nesse sentido também poderiam ser direcionadas a jogos como:

Old Dragon
Swords and Wizardry
Lamentations of the Flame Princes
Basic Fantasy


e um zilhão de outros...

Acho que o sistema de Feast of Legends aqui é de fato um mix de muito que já foi feito. Exatamente como muito jogos que adoramos por aí.


Um ponto curioso é que todo personagem faz parte de uma ORDEM, que seria tipo a "classe" do mesmo.
O nome das Ordens fazem referência aos produtos da rede:
 Temos a Ordem do Frango, a Ordem do Beef, entre outras, e cada uma com subdivisões tipo "A Ordem do Frango Grelhado"!kkkkkkkkkkkkkkkkk

Acho que o pessoal levou a sério demais esse RPG que definitivamente não se leva a sério.
Eu curti esse lado humoristico.


A Aventura

O livro tem 97 páginas, sendo 32 de regras e criação de personagens - tem personagens prontos, uhuullllll - e o restante é uma aventura gigante, cheia de dicas para o Game Master, com MUITOS eventos e acima de tudo, MUITO didática e bem escrita.
Apesar do tema meio "humoristico", a aventura é escrita de forma a dar várias dicas bacanas para o GM sobre como conduzir cada encontro, possibilidades, e até dicas de improvisação.
O mais curioso é que os jogadores podem usar coisas que eles comeram na vida real como bônus em determinadas situações - sim, coisas que eles consmiram dentro de algum Mandy's por aí!


Resumindo



Enfim, eu achei um produto bem feito. Se tivesse sido feito por alguma empresa de RPG apenas, e fosse EXATAMENTE da mesma forma, teria chamado a atenção positivamente, creio eu.
Eu particularmente não me importo que uma grande empresa lance RPGs.
Por exemplo, eu sei que a maioria da grandes empresas de RPG se preocupam exclusivamente com  dinheiro e numeros, exatamente com a Mandy1s e qualquer outra empresa capitalista do mundo, assim, acho que se viu-se potencial comercial e de marketing no RPG, acho justo eles usarem para tal fim.

O RPG pode ser usado na Educação, na Psicologia, na Terapia, em Empresas , na Gestão de Negócios...por que não no Marketing e na Propaganda?

Seria esse "Feast of Legends" o primeiro indicio de que o RPG vai se tornar tão popular ao ponto de ser um fator decisivo na venda de produtos, capaz de movimentar pessoas totalmente fora do nosso "nicho"???

Quem sabe?




Minha nota


Minha Nota é 7.

Só não dou mais pois, de maneira geral, não curto RPGs humoristicos, sendo as unicas exceções que faço o D&T original, o TOON e o Monstros.

Mas achei bacana!

O pdf pode ser baixado free aqui: Feast of Legends

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

The Dungeons of Hogwarts - Harry Potter Gameplay - Parte 23


Reacapitulando...

"Enquanto Thorson, Amanda e Katherine lutavam por suas vidas em algum lugar sombrio na Travessa do Tranco, Josy ficou “detida” nos aposentos do próprio Alvo Dumbledore, que sabendo que a aluna estava na mira de bruxos das Trevas, incumbiu Hagrid de zelar pelo bem estar da moça. Após alguma conversa com Hagrid, Josy se deixa vencer pelo cansaço, e adormece em uma confortável e espaçosa poltrona da sala do Diretor.

Ao acordar, ela percebe que Hagrid não está mais lá. Há apenas um bilhete em cima da mesa:

“Querida Aluna Josy, tive que partir, não pude esperar mais. Tem rosuinhas e chocolate quente no armário da direita. Não confunda com o armário da esquerda, esse costuma provocar feridas sérias em qualquer um que se aproxime dele.
Evite mexer nas coisas espalhadas pela mesa de Dumbledore.
Se você ver uma fênix por aí, de a ela algumas bolachinhas. Se ela ficar encarando você por mais de 3 minutos, seria melhor correr. Ela não gosta muito de alunos da Sonserina.
Atenciosamente, Hagrid”

E Josy percebe que está sozinha no local mais mágico de toda Hogwarts...



Josy: Meu Deus, preciso muito explorar isso aqui. Tem alguma porta conduzindo para algum outro comodo?

Mestre: Muito provavelmente. Rolo 2d10, tiro 6 e 8. Sim. Rolo o Fate Dice: 9. Nada especial.
Você vê uma pequena portinhola de madeira , toda trabalhada e esculpida, logo embaixo da escada. A escada em espiral sobe até o que parece ser um observatório, ou quem sabe até o telhado do castelo. O que você faz?

Josy: Vou me aproximar da portinhola. Ela está aberta?

Mestre: Muito improvável: rolo 2d10, tiro 1 e 9. Não, está trancada. Rolo o Fate Dice: 2. É um “não “ excepcional.

Quando você se aproxima da portinhola, algum mecanismo se ativa. A madeira da portinhola começa a crescer como se fosse uma planta, crando novas camadas, cheias de espinhos brilhantes e extremamente pontiagudos, como se se protegesse de algum perigo iminente.

Josy: Bom, com certeza não é algo que eu queria ver mesmo. Acho que vou tentar subir a escada em espiral. O alçapão lá em cima está aberto?

Mestre: 50/50 de chances. Rolo 2d10, e tiro 3 e 10. Sim, está aberto. Você sobe?

Josy: Sim. O que eu encontro no andar superior.

Mestre: Vamos ver. Rolo 2d10 e consulto a Detail Check Table. 3+4 = 7 = Algo contra a Trama Principal. Você encontra o que parece ser um sótão sujo e empoeirado, repleto de livros escolares velhos.

Josy: Droga! Tenho certeza que e só um feitiço para não descobrir o que tem aqui de fato! Ah, se eu soubesse alguns contra-feitiços...

Desço, contrariada, para o aposento principal.

Mestre: Nesse momento , você escuta um barulho abrupto, e do nada aparatam Thorson, sangrando e todo sujo, Amanda, com olhar assustado, e Katherine, quase vomitando, todos de mão dadas, junto com a professora Trelawney.

Katherine: Ué, os professores sempre falam que é impossível aparatar e dsaparatar dentro do castelo de Hogwarts...

Professora Trelawney: Minha querida aluna, se DUmbledore julgar necessário, nós podemos aparatar onde quer que ele quiser!
Com licença, preciso ir, estou lendo um livro muito interessante, e preciso terminar o capitulo 10. Quero saber como termina a história de amor entre o Fantasma de Sir Loren e a Vampira Daisy Mcmillian, muito interessante...

Mestre: e abrindo a porta, a professor sai tranquilamente, deixando todos vocês de boca aberta, sem saber direito o que dizer...

Continua....


Entrevista: Isabella Leão, escritora e game designer

 Olá,  pessoal, tudo jóinha? É com enorme alegria que hoje apresento aqui no blog uma entrevista com a escritora e Game designer Isabella Le...