sexta-feira, 29 de abril de 2022

As tretas do mundo do RPG (e minha parcela de culpa)

 Verdade seja dita:

O que não falta no mundo do RPG independente são as tretas. Algumas públicas e de conhecimento geral, outras que circulam apenas nos bastidores.

E vou confessar: nesses mais de 4 anos trabalhando com RPG, eu mesmo acumulei uma quantidade de tretas maior do que meu jeito calmo seria capaz de sugerir.

Então, o que vou escrever daqui pra frente é do MEU ponto de vista, afinal, esse é MEU blog.


"Por que?"

Quem me conhece sabe que o que mais me tira do sério é quando diminuem o valor do mercado nacional e dos produtos e criadores da cena nacional. Eu fico PUTO com isso.

Tem muita gente na cena que insiste que não há qualidade na produção nacional. Gente que critica QUALQUER coisa, muitas vezes sem critério algum.  Quase sempre, são pessoas que produzem muito pouco conteúdo, ou praticamente conteúdo nenhum.

LOGICAMENTE, críticas são importantíssimas e ajudam muito a aumentar a qualidade dos produtos. Existem logicamente coisas boas e coisas ruins no mercado. Críticas pautadas em critérios técnicos e objetivos são sempre bem vindas.

Mas essas críticas precisam ser livres de ranços e de "vira -latismos". Tem muita gente que crítica qualquer coisa que não seja D&D (e esses ainda vão criticar as versões nacionais do D&D).

Exemplo: uma das minhas últimas tretas foi com um cara que disse que graficamente TORMENTA  é e sempre foi uma "bosta". E criticava duramente a qualidade das artes, diagramação e papel dos livros.

Eu particularmente odeio os combos infindáveis do sistema de Tormenta, os personagens super poderosos e as rolagens de dados infinitas.

Mas ...ruim graficamente? Sério?

Olhem essas páginas, do livro de Tormenta que eu tenho:







Não gostar, achar o sistema ruim, falho, desbalanceado, apelão...isso tudo bem;

Mas dizer que esse material em si é feio, mal diagramado e de baixa qualidade gráfica beira o mal caratismo!

Mal caráter!!!

E a galera não sabe fazer essa diferenciação.

O mais engraçado é que essa pessoa com quem tretei sobre essa questão de criticar TODO material nacional lançado, recentemente lançou aqui uma tradução de um material, que parece ter sido feito no WORD. Tipo, ele lançou um material graficamente extremamente inferior a tudo que ele criticava.

Claro que eu não tenho absolutamente nada contra materiais em WORD. Eu adoro. Mas ver alguém criticar duramente um trabalho gráfico como o do Tormenta lançar algo mal diagramado no word (ou algum outro programa que faz um trabalho parecido) não deixa de ser irônico.

E por que eu treto nesses casos?

Porque eu não admito e NUNCA vou admitir que nos espaços que eu administro se critique de forma generalizada a produção nacional.

Eu JAMAIS vou permitir que diminuam o trabalho de alguém que está botando na mão na massa.

E JAMAIS vou permitir que esse sentimento vira lata de que "tudo lá fora é melhor" contamine os locais sob minha responsabilidade. 

Sou extremamente radical nesse ponto. Sou chamado de intransigente, intolerante, ditador, "reizinho" (esse confesso que adoro)...

E se posicionar-se em defesa de quem prefere criar e fazer significa ser essas coisas, aceito com orgulho esses termos.

Porque o que vai fazer a cena nacional crescer e se destacar vai ser quem cria, e não o babaca que não faz nada, não produz nada e acha tudo uma merda.

Tanto que eu moto que as pessoas mudam esse discurso mudam um pouco quando decidem fazer e escrever e publicar algo. Falar de fora é fácil, quero ver fazer melhor.

Enfim, se defender a cena maravilhosa e repleta de grandes lançamentos que temos aqui significa tretas, então vou tretar com gosto!


Na segunda parte dessa matéria, vou falar de autores que fingem gostar do Brasil... fingem...


Continua...

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Publicando de forma independente - Reflexões

 "A galera precisa entender que as editoras não são a única solução ou salvação"

- Eduardo Spohr


Há cerca de 6 anos comecei a publicar material de forma independente, sendo que nos últimos 2 anos comecei a fazer isso comercialmente. 

Hoje em dia tenho mais de 30 títulos lançados, sendo 4 deles também lançados lá fora. Ainda que não seja muito, minha produção ajuda a pagar algumas contas aqui em casa.

Também tenho 2 projetos musicais independentes, que funcionam de forma muito parecida.


A mudança de Paradigma


A primeira coisa é dizer que eu não tenho nada contra editoras oficiais. Na verdade, tenho inclusive trabalhos publicados em algumas delas, e o trabalho que elas cumprem é importantíssimo.

Só quero deixar claro que o cenário editorial hoje é extremamente diferente de como ele era 15 anos atrás, e ABSURDAMENTE diferente do que tínhamos 30 anos no passado.

Durante muito tempo, a única forma que as pessoas concebiam de publicar um livro era por meio de uma Editora. Existia logicamente um mercado de produção independente, mas era muito pequeno (comparado a hoje) e que por falta de meios de divulgação de longo alcance ficavam restritos a pequenos nichos, e geralmente em grandes centros.

A pessoa que escrevia seu livro dentro de um sítio no interior de Goiás, por exemplo, tinha pouquíssimas chances de divulgar seu material se não fosse por meio de uma editora.

Hoje tudo mudou. A internet, os marketplaces digitais, as redes sociais permitiram que todo mundo que tenha ao menos um celular (eu mesmo não uso computador em momento algum da minha produção) e sinal de internet  coloque seu material em várias vitrines com um clique, e sem pagar nada por isso.

Ainda existe uma certa resistência de algumas pessoas que consideram que um trabalho publicado por uma editora é SEMPRE de uma qualidade maior, mas qualquer pessoa que REALMENTE acompanha o mercado independente e lê de VERDADE o que a galera tem escrito sabe que isso não é verdade.

Também existe uma parcela ainda muito apegada ao livro físico, e a maior parte da produção independente se faz (ou ao menos começa) no formato digital.

Claro que os livros físicos nunca vão desaparecer nem perder seu charme e seu valor. Mas goste você ou não, o fato é: livros digitais vão se tornar cada vez mais frequentes e comuns. O aumento dos custos de produção de livros físicos tem sido um problema enfrentado por editoras não apenas do Brasil, mas também por TODA a Europa, entre outros países. Mesmo editoras enormes e tradicionais em algum momento vão investir no mercado digital, cada vez mais.

Então deixem de lado o preconceito, e aceitem o que é um futuro inescapável.


Vantagens

Publicar de forma independente tem muitas vantagens. Aqui algumas que considero importantes:

- Facilidade: é muito mais fácil aprender a editar, diagramar e lançar de forma independente do que conseguir um contrato de publicação com uma editora. Aprender essas coisas depende só da gente (desde que tenhamos acesso a coisas básicas, que TODO mundo deveria ter direito), ao passo que ser aceito por uma editora depende de muitos fatores externos, e de uma boa dose de sorte.

- Liberdade: publicar de forma independente te dá uma liberdade de criação que você jamais terá em uma editora. Não se esqueça nunca que toda editora é antes de tudo uma empresa, o lucro sempre virá em primeiro lugar. Algo pode ser maravilhoso, mas se o editor achar que não será bem recebido pelo público padrão da editora,vai ser limado sem dó.

- Controle: Quando você lança por meio de uma editora, quase sempre você tem que deixar de lado uma parte do controle sobre aquilo. Por exemplo, se você lança um Módulo Básico de um RPG por meio de uma editora profissional, dificilmente você poderá lançar Suplementos de forma comercial se não for através da editora que publicou o RPG. E se o RPG não ir bem nas vendas, e dependendo do tipo de contrato, você verá uma criação sua "estagnada" e sem a possibilidade de se expandir, por questões contratuais. Quando você pública de forma independente, você mantém 100% do controle.

- Lucro: Verdade é que escrever livros de maneira geral nunca foi algo muito rentável em nossa país, salvo exceções e prodígios. O Brasil é um país onde a população lê muito pouco e gasta muito pouco em livros. Ao publicar através de uma editora, você precisa entender que a maior parte das vendas fica para a própria editora, que precisa pagar os gastos de marketing, gráfica, revisão, diagramação, e outros profissionais envolvidos. Não teria como ser diferente. Sobra uma pequena parcela para o autor. E a menos que o livro tenha vendas muito significativas, o que não é o mais comum de acontecer, o que um autor ganha concretamente será pouco.

De forma independente, você terá uma maior participação nos lucros. Logicamente você ainda precisa pagar todo mundo que esteve envolvido.


Desvantagens

Nem só de glória vive o escritor independente. Existem desvantagens. Vejamos algumas:

- Acúmulo de função e excesso de trabalho: geralmente o autor independente acaba acumulando muitas funções que em uma editora seria feita por profissionais diferentes. Eu mesmo além de escrever o texto, faço a diagramação, revisão, as artes, o trabalho de marketing, vendas e de envio. É desgastante. É muito, muito trabalho, principalmente se você quer ter uma produção constante. Eu lanço de 3 a 5 materiais por mês, e as vezes é um inferno dar conta de tudo. Outra coisa é que é humanamente impossível desempenhar todas essas tarefas com a mesma competência que um profissional da área faria.

- Exposição: lançar de forma independente quer dizer que você vai ter que fazer as pessoas levarem em consideração o que você lança de alguma forma. Enquanto uma editora tem todo um catálogo e muito possivelmente o respeito de todo um mercado, ao publicar de forma independente você tem só o seu nome e o seu material. O começo vai ser bem difícil chamar alguma atenção. E daí pra frente, sempre parece que você está no começo.


É isso, por enquanto....

quarta-feira, 27 de abril de 2022

HQ A LENDA DA TARTARUGA - LANÇAMENTO

 Galera, 

Hoje entra na LOJINHA DO TARCÍSIO a nova história em quadrinhos da TLHP Editora: A Lenda da Tartaruga.

Trata-se de uma história mítica repleta de animais falantes, dragões, templos maravilhosos e muita fantasia.

A HQ se passa dentro do universo ficcional do RPG KOAN.

Para que está familiarizado com a história do jogo, aqui temos importantes informações, como:

- Como surgiu o mundo de KOAN

- Qual a origem da Fênix das Mil Cores?

- Quem foram os primeiros 3 Sábios Imortais e por que eles são tão poderosos

- O que um Sábio Imortal realmente faz?

HQ colorida, feita a partir de uma técnica que mistura artes analógicas com arte digital e imagens de uso público.

Formato: PDF

Páginas: 26

Forma de pagamento: PIX

PEDIDOS pelo whatsapp 19998972653






BESTIÁRIO 1: SUPLEMENTO PARA BACKROOMS

 Olá, Pessoal

Hoje entra para a LOJINHA DO TARCÍSIO o primeiro Suplemento oficial para o jogo DENTRO DAS BACKROOMS E DOS ESPAÇOS LIMINARES.

"As Entidades das Wikis - BESTIÁRIO 1" reúne as entidades mais famosas dentro do lore oficial das Backrooms.

Temos aqui um método alternativo ao método de criação de Entidades apresentadas no Módulo Básico. Além disso, temos uma nova regra para a famosa Água de Amêndoa, um tipo misterioso de líquido encontrado apenas nas Backrooms e que aumenta consideravelmente a chance de sobrevivência frente a algumas Entidades.

Formato: PDF

Número de Páginas: 59

Valor: 10 reais

Forma de Pagamento: PIX

PEDIDOS: WHATSAPP 19998972653







terça-feira, 19 de abril de 2022

LANÇAMENTO: MINI-CENÁRIOS PARA IMPRIMIR

 People, hoje chega na LOJINHA DO TARCÍSIO mais um produto: os MINI-CENÁRIOS, cenários montáveis para imprimir e montar facilmente. Eles são feitos baseados nas miniaturas de papel clássicas de RPG, mas em tamanho bem maior.

Todas feitas por mim de forma exclusiva!

Esses primeiros são cobrindo o Tema CYBERPUNK, e também PAISAGENS MEDIEVAIS.


O IDEAL é imprimir em papel couchê (qualquer gramatura, mas quanto mais grosso, mais tempo de duração). Logicamente, TB pode ser impresso em sulfite (de preferência, colorido).

Interessado? Zap 19998972653. Aqueles 10 reais de sempre!


OBS: Esse material já foi enviado agora de manhã para meus APOIADORES! Chequem o email de vcs, please.



sábado, 16 de abril de 2022

DENTRO DAS BACKROOMS - LANÇAMENTO

 Galera, chegou na Lojinha do Tarcísio meu mais novo jogo:

DENTRO DAS BACKROOMS E DOS ESPAÇOS LIMINARES

Aqui, você se vê em um lugar fora da realidade comum, com infinitos corredores com seu papel de parede mono amarelo e carpete úmido.

Dentro de um gênero novo, o "Horror Cósmico Minimalista", esse jogo é uma mistura de ficção científica, Horror Lovecraftiano, dungeon crawl e jogo de sobrevivência.

Formato: PDF

Páginas: 121

Colorido

Valor: 12 reais

Forma de pagamento: PIX 

Venda pelo ZAP 19998972653





Entrevista: Artista e criadora de jogos Fernanda Bianchini

 Olá, pessoal, tudo bem com vocês? Hoje venho animadíssimo com mais uma grande entrevista. Dessa vez com a artista e criadora de jogos (e mu...