quinta-feira, 20 de junho de 2019

Uma Canção de Gelo e Fogo - Gameplay do Criador - Parte 1

Galera, recentemente o Jefferson Pimentel lançou um RPG solo baseado em Guerra dos Tronos que em poucas horas se transformou em um dos meus jogos favoritos. O jogo se chama "Uma Canção de Gelo e Fogo", e o Jefferson disponibilizou gratuitamente na nossa comunidade no facebook.

Nada mais justo que colocar aqui um gameplay transcrito do próprio criador do jogo.

Então , com vocês, as palavras do proprio Senhor do jogo, em uma aventura muito, muito FODAAAAAAA


"Romanceei o primeiro dia de viagem do nobre Alester Oakheart, adaptando as rolagens de eventos em uma história linear. Espero que gostem!





"Eu, Meistre Godwyn, treinado nos dogmas da Cidadela e posto a serviço da Casa Oakheart, fui incumbido de acompanhar o jovem Alester Oakheart, segundo filho e herdeiro de Lady Arwyn Oakheart, senhora do Fortim de Old Oak, bem como registrar sua viagem por terras além as de propriedade da senhora sua mãe.
Tais viagens, segundo o nobre senhor ao qual sirvo, servirá como prova à senhora sua mãe de que ele, mais do que seu irmão mais velho, deva vergar a capa dourada de Lorde de sua Casa.
Acompanhando-nos segue um pequeno séquito, formado por dois homens de arma amigos de meu senhor e dois serviçais, responsáveis pelos serviços gerais e por proporcionar o mínimo de conforto ao nobre Alester.

1º Dia: Old Oak (Fortaleza) – Rolagem: 2.

Tão logo saídos do castelo da senhora sua mãe, Alester logo foi confrontado por Audric, seu irmão mais velho, bem como Arys, seu jovem irmão que aos 18 anos já sagrara-se cavaleiro e dizia-se que estava sendo sondado para vergar o manto branco dos Espadas Sacramentadas do Rei. Viver entre um Lorde e um Cavaleiro de alto garbo não seria o futuro do meu senhor, dizia ele.
Alester, ao contrário do esperado pelos irmãos, foi cortes (4 no Teste Social) e, após despedidas dos irmãos, partiu na direção do porto da cidade antes de partirmos.
Lá, encontramos com o Bravoosi Hasted, comerciante e amigo de longa data de meu senhor, que forneceu como favor ao nobre uma de suas carroças, com dois fortes cavalos de tração, bem como um belo pavilhão (6 no Teste de Renome, -1 de Renome). O nome de meu senhor já mostrava que poderia nos abrir portas sempre fechadas para um serviçal.
Após breves preparativos, meu senhor decidiu nosso caminho: seguiríamos para sudeste, na direção de Highgarden, uma curta viagem de dois dias.

1º Dia: Planície – Rolagem: 2, Segunda Rolagem: 2.

Aproveitando o belo sol, seguimos pela estrada na direção de Highgarden. Já havia estado lá no passado e admirara o belo local, com seus exuberantes jardins e campos cultivados.
Menos de algumas horas haviam se passado quando meu senhor alertou quanto a uma pluma de fumaça a frente. De longe, pudemos avistar a beira-mar um drakkar dos Homens de Ferro, que constantemente ameaçavam nossas terras. Seu alvo: uma pequena cabana pesqueira que nem no mapa constava.
Meu senhor ordenou que os dois homens de arma vigiassem a carroça, pois ele resolveria aquela situação sozinho. Eram quatro os piratas e, mesmo com minha relutância em aceitar, mestre Alester disse que resolveria sozinho aquela contenda.
Armando-se com sua lança e escudo, enquanto levava na cintura sua espada e adaga, ele cavalgou em confronto aos Homens de Ferro, que ocupados estavam revezando a violação a mulher do pescador, que jazia morto ao lado.
O nobre Alester investiu contra os homens, que só o perceberam tarde demais, (1 no Teste Físico, 7 de Dano) com um poderoso baque, ele cravou sua lança no primeiro dos homens, que caiu morto. Enquanto os outros erguiam as calças e pegavam em armas, Alester sacou sua espada e avançou contra os restantes (4 no Teste Físico, 6 de Dano), cortando a cara de um segundo, que não morreu com o golpe.
Os três restantes enxamearam entorno de meu senhor (2 no Teste Físico), que manobrou com o cavalo mantendo-os afastados, para oportunamente golpear novamente com a espada (1 no Teste Físico, 6 de Dano), matando o cara-rasgada.
Os piratas não desistiram do ataque e investiram novamente (2 no Teste Físico), mas meu senhor tinha a vantagem de lutar sobre um cavalo, afastando-se e golpeando quando era prudente.
Vendo que os piratas não apresentavam ameaça considerável, a confiança subiu em demasia a cabeça de meu senhor, que abriu demais a guarda no ataque, sofrendo com uma machadada que o tirou do cavalo (6 no Teste Físico, 6 de Dano sofrido). Por sorte, seu escudo e armadura sofreram o baque do golpe, mas a vantagem havia se perdido.
Mas Alester era forjado de um material especial e logo se pôs de pé, confrontando os piratas restantes. Investindo com sua espada (2 no Teste Físico, 6 de dano), feriu gravemente um dos dois piratas restantes, (1 no Teste Físico) enquanto esquivava com habilidade do golpe do segundo e contra-atacava em seguida (4 no Teste Físico, 6 de Dano). Eu e os demais gritávamos vivas enquanto nosso senhor, com apenas uma mossa em sua armadura e escudo, se preparava para dar cabo dos dois piratas feridos.
Os homens tentaram flanquear Alester, mas meu senhor fora mais rápido e avançara contra o mais próximo deles (3 no Teste Físico, 6 de Dano), matando o penúltimo dos inimigos. O último restante, tomado pela fúria do medo, avançou descuidado (4 no Teste Físico, 6 de Dano) e, após ter seu golpe esquivado por Alester, teve sua cabeça decepada.
O sangue tingia a areia clara em profusão quando cheguei para ver a situação da esposa do pescador, que infelizmente morrera dados os ferimentos infligidos pelos piratas. Mestre Alester ordenou que os dois, pescador e esposa, tivessem seus corpos enterrados, enquanto os corpos dos Homens de Ferro deveriam apodrecer na praia, servindo de comida para caranguejos. O próprio Alester incendiou o drakkar, que levava no mastro a flâmula da lula gigante Greyjoy.
O resto daquele dia não nos guardou surpresa (Planície, Rolagem 4) e então montamos acampamento em um descampado próximo a estrada. Os serviçais prepararam um belo jantar (- 6 Rações de Viagem), enquanto um dos homens de arma narrava o combate entre Alester e os Homens de Ferro de forma efusiva, relatando cada uma das vitoriosas estratégias de nosso senhor. Alester sorria quieto, enquanto comia. Já eu, me retirei para a carroça a fim de ler até adormecer.
Acordei com os murmúrios no meio da noite (Planície, Rolagem 5 durante a noite, Segunda Rolagem: 4). Um menino de não mais que dez anos chegou até o acampamento. Disse ser filho dos pescadores mortos pelos Homens de Ferro e, por ordem de sua mãe, fugira em busca de ajuda. Sem encontrar, acabou por retornar para casa, apenas para ver sua família enterrada e os atacantes mortos, enquanto ao longe seguia a carroça de seus salvadores. O menino seguiu em nosso encalço durante todo o dia e só nos alcançou por termos parado.
Alester ordenou que o menino fosse alimentado (- 1 Ração de Viagem), e pergunta seu nome. “Aaron”, diz o jovem, “Em honra do senhor seu pai, mestre Alester”. Lágrimas vêm aos olhos de meu senhor, pois lembrava com amor de seu pai, o finado Lorde Aaron Oakheart, que perdeu quando tinha três anos de idade.
Mestre Alester então perguntou ao jovem se gostaria de seguir conosco. Trabalho não faltaria, bem como comida e um soldo a altura (5 no Teste Social). O rosto do menino se iluminou, ofuscando um pouco o sofrimento pela perda dos pais. Ele agradeceu a Mestre Alester em profusão e, tão logo, recebeu um cantinho na carroça ao meu lado, dormindo quase de imediato.
E assim termino o relato de nosso primeiro dia de viagem. Acredito que Mestre Alester, o bom homem a quem acompanho, irá se mostrar valoroso nos dias que se seguirão."

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