domingo, 5 de maio de 2019

Cenário de Campanha – Sorrowland: A Cidade de Jebediah e a Fortaleza das Estacas


Olá!
Hoje apresento aquele que será o cenário da minha campanha de Mighty Blade. 

Ela se passará na Sorrowland, um cenário voltado para o terror e fantasia sombria criado para Mighty Blade nas edições 6, 7 e 8 da segunda encarnação da revista Dragon Cave, que foi a revista oficial do Mighty Blade por um bom tempo!
Enquanto que o cenário de Drakon, o cenário oficial do jogo, apresenta um cenário mais baseado na fantasia medieval clássica, Sorrowland foca na fantasia medieval focada no terror, ideal para histórias que envolvam vampiros, lobisomens, mortos vivos e locais tenebrosos!

Eu vou pegar a ideia central do cenário , e desenvolverei alguns lugares específicos, como a Cidade de Jebediah e a Fortaleza das Estacas!
Mas antes, só uma breve introdução sobre a Sorrowland!

No passado, Sorrowland foi uma terra prospera e muito bonita, com muitos reinos e cidades que viviam em relativa paz. Até que o Rei Beleth, cujo gosto pelo poder e pelas trevas crescia a cada dia, realizou um Ritual profano, que provocou um grande cataclismo, que alterou o mundo para sempre, transformando tudo em um local sombrio, corrompido, sombrio, coberto por névoas e habitado por criaturas de pesadelos.
A magia foi drenada para fora desse mundo. E a própria Sorrowland foi colocada a parte de todos os outros mundos, sendo que, por algum motivo desconhecido, apenas o Deus Havok possui alguma influência no destino das coisas.


A Cidade de Jebediah


Ainda que Amodos e Garomor sejam as maiores cidades dos Vales da Aurora, existem outros povoados. Entre esses locais, encontra-se a Cidade de Jebediah, também conhecida como o “Pequeno Santuário de Jebediah”. Precisar a exata locação da cidade é difícil, pois desde que as nuvens cinzentas e a eterna névoa foram trazidas pelo cataclismo, a maioria dos mapas simplesmente perdeu sua utilidade. E na verdade, viajar de um local para outro é sempre considerado uma loucura.
A cidade de Jebediah possui pouco mais de 1000 habitantes, e é governada por Malakhai, o mago. Malakhai era irmão de Jorkan, Barão de Vladlake, e assim como seu irmão, ele também foi convocado para tomar parte no ritual que começou tudo, e fez de Sorrowland o que ela é hoje. O mago se recusou a tomar parte no vil ritual, e antevendo o que pudesse acontecer, rumou para algumas terras mais ao sul, levando com sigo cerca de 500 habitantes do baronato de seu irmão. Chegando lá, ele construiu uma proteção mística, que terminou no exato momento em que o cataclismo aconteceu.
Toda a magia foi drenada, e Malakhai se viu incapaz de usar seus poderes e feitiços. No entanto, logo a chegada de criaturas das trevas mostrou que a proteção mística que havia erigido em volta desse novo assentamento ainda estava ativa. Assim, é virtualmente impossível alguma criatura caótica e vil adentrar no território da cidade, e por isso muitos habitantes a chamam de “O Santuário de Jebediah”. O nome da cidade faz menção ao mentor de Malakhai, um mago bondoso que ensinou ao mago os valores da justiça e do bem, valores esses que foram desprezados por seu irmão Jorkan, que assassinara Jebediah poucos dias antes da convocação de Beleth, a fim de tomar os poderes do velho tutor.
Apesar de estarem protegidos das ameaças sombrias – ao menos por hora, uma vez que o o próprio Malakhai não sabe quanto tempo a magia residual do feitiço irá durar – Jebediah está longe ser um “santuário” de fato. Muitos crimes acontecem no coração da cidade, e muitos parecem ter sido dominados por pensamentos sombrios, com certeza uma influ~encia do mundo circundante. Os recursos naturais são escassos, e a cidade se encontra sempre a beira de um colapso, sendo a comida e água recursos sempre insuficientes para dar conta de todos.
Para piorar, o líder Malakhai parece não estar preocupado com a ordem social da cidade, sempre dentro de seu laboratório, pesquisando coisas sobre Sorrowland.

O Experimento de Malakhai

Pouco tempo depois do cataclismo, malakhai começou a se indagar sobre o que teria acontecido com sua magia e seus feitiços, que simplesmente deixaram de funcionar. Desesperado, empreendeu muitas buscas perigosíssimas, por lugares sombrios e distantes (encontrando inclusive a Fortaleza das Estacas, que veremos adiante), e nessas viagens descobriu que algumas criaturas das trevas, como os lamiors e os Heyrnoggs, pareciam capazes de lançar feitiços, ou algo muito próximo disso.
Após retornar, e depois de muita experimentação – algumas bem sombrias, e mais de uma pessoa inocente teve que ser sacrificada, para desespero do mago – ele descobriu uma forma de voltar a conjurar magia. No entanto, era um método perigoso, que a longo prazo traria consequências terríveis para quem ousasse utilizar.
O que Malakhai descobriu foi ser possível utilizar a energia das trevas que permeia toda Sorrowland para conjurar feitiços. Os feitiços funcionam como funcionavam antes, mas toda vez que o mago utiliza essa energia, as trevas dentro dele crescem, até por fim tomar conta dele, que vira uma Sombra Esquia. Sombras Esguias são seres terríveis, que vagam pelo mundo atrás de almas para consumir.

Em termos de jogo, toda vez que um conjurador lança um feitiço, sendo bem sucedido ou não ele deve fazer um teste de Vontade, dificuldade 14. Se passar no teste, nada acontece. Se não passar, ele ganha um ponto de Trevas. Quando o mago atingir 20 pontos de Trevas, ele se transforma em uma Sombra Esguia, se tornando então uma criatura de pesadelo, dor e sofrimento.


A Fortaleza das Estacas




Outrora a região agora conhecida como Pântanos Fétidos era um local bonito, onde mais de 23 cidades existiam. Após o cataclismo, uma chuva eterna começou a cair, transformando tudo em um grande pântano, habitado por seres demoníacos e poderosos. Muitos pensam que nos pântanos só habitam seres assim, e que humanos simplesmente não conseguriam viver em um ambiente tão hostil.
Mas, no coração dos Pantanos Fétidos, em meio a neblina e as aguas podres, existe a Fortaleza das Estacas.
Gartan, o feiticeiro da Orbe Mistica, no momento em que o ritual de Beleth começou, fugiu prontamente, assim como os outros. Utilizando poderes que agora pareceriam lendas, ele se teletransportou para uma antiga fortaleza nas bordas do Bosque Primaveril. Tão logo ele chegou, o cataclismo aconteceu de fato, e ele se viu transformado em um terrível lobisomem, sedento de fúria e sede de sangue. Muito tempo se passou e, ninguém sabe como, Gartan conseguiu progressivamente controlar o seu lado animal, muitas vezes conseguindo inclusive manter a capacidade de fala enquanto assumia a forma de um grande lobo cinzento.
Gartan perambulou por muitos lugares, e selecionou um grupo de outros lobisomens para ir habitar a antiga fortaleza, e ali ele os ensinou a arte de controlar a fúria interior.
E declarou guerra a todas as outras criaturas sombrias, especialmente os vampiros, liderados por Zannian, com quem Gartan tinha desavenças sérias antes mesmo de tudo acontecer.
E batizou o local como  a “Fortaleza das Estacas”.
Muitas vezes, Gartan percorre algumas cidades e vilas dos Vales da Aurora em busca de pessoas valentes de destemidas, ás quais convida para se juntar ao grupo. O ritual no qual um “convidado” recebe a maldição da licantropia é um grande evento na Fortaleza das Estacas, geralmente celebrada com uma caçada selvagem que só termina quando um vampiro é eliminado sem piedade.
Dizem alguns boatos que existe uma espécie de “pacto” entre Gartan e Malakhai, mas qual é exatamente esse acordo, e se de fato isso é verdade, ninguém saberia dizer.

Dentro da Fortaleza, os lobisomens vivem uma vida rigorosa, com uma disciplina militar, seguindo um codigo de regras que de alguma forma os aproxima de um grupo de paladinos.
Dizem que alguns habitantes da fortaleza são apenas humanos, que não foram agraciados 9como eles gostam de dizer) com o dom da Licantropia.
E cabe aqui dizer isso: Gartan considera a maldição de ser tornar um lobisomem como sendo na verdade um dom, um dom sombrio, que deve ser reservado apenas aqueles que merecerem.


Continua...



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