quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Entrevista: Artista e criadora de jogos Fernanda Bianchini

 Olá, pessoal, tudo bem com vocês?

Hoje venho animadíssimo com mais uma grande entrevista. Dessa vez com a artista e criadora de jogos (e muitas outras coisas) Fernanda Bianchini.

A Fernanda tem a peculiaridade de fazer absolutamente tudo a que se propõe de forma competente. Atualmente a artista tem ilustrado diferentes materiais, mas tudo isso é discutido na entrevista a seguir.

Fernanda, você é uma pessoa muito ativa na comunidade do RPG solo em geral, tendo escrito jogos, feito ilustrações e até mesmo mantido um blog com gameplays. Poderia nos contar como foi que você conheceu o mundo dos RPGs em geral?

 Engraçado que não me considero assim ativa na comunidade! ^.^"  Me acho tão ausente, as vezes sumo por semanas. Mas enfim, essa não foi a pergunta. XD Descobri o RPG com uns... 12 anos, creio. Por volta do que, na minha época, era a sexta série do fundamental. Uma amiga deu um jeito de recriar um jogo de videogame dela (não lembro qual) para jogarmos com papel e dados. Depois disso conheci o Gurps, que um colega mestrou por quase um ano, se minha impressão de tempo estiver certa, e em seguida descobri Vampiro, A Máscara, que quase não joguei (não imaginava a opção de jogar solo), mas amava criar personagens e estórias pra eles. Daí por diante uma coisa puxa outra.

Você também é sempre citada e lembrada pelas suas incríveis ilustrações, tendo inclusive ilustrado um livro meu. Como foi que você começou a desenhar?

Não sei precisar quando comecei a desenhar, mas gosto muito desde criança, e cheguei a fazer um curso do estilo anime/mangá por volta dos meus 13 anos, minha época mais fissurada em animes. Mas sempre por diversão, por hobby. Só agora estou começando a fazer desse gosto uma profissão. Aos poucos, vamos ver no que dá! ^.^

Você tem algum método ou técnica recorrente para criar suas ilustrações?

Geralmente começo rascunhando no papel, depois levo pro digital. Mas, sinceramente, não. Minha técnica é o doce e perfeito caos. Qualquer dia vou começar colorindo e finalizar rascunhando! XD

Quais são os temas ou assuntos que você mais gosta de desenhar/ilustrar?

Gosto de Fantasia! Em especial criaturas e animais. E os tão polêmicos furries. -^.^-

Quais os seus materiais favoritos na hora de criar suas artes (lápis, giz, tipo de papel, arte digital, etc...)?

No momento estou entusiasmada em desenhar no tablet. É meu primeiro tablet e desenhar direto na tela era algo que há tempos eu assistia artistas fazendo em vídeos pela internet, mas eu não tinha condições financeiras. É tão estranhos e divertido! Mas o papel comum, lapiseira e caneta nanquim continuam sempre comigo. (Sim. Lapiseira. Chorem, colegas das artes que defendem que artista de verdade usa lápis apontado com estilete: LA-PI-SEIII-RA. Com grafite B de preferência X3) E pra colorir, lápis de cor comum.

Os RPGs que você escreveu tem a peculiaridade MUITO bacana de nunca focarem em combate e violência, mas sim em coisas como cooperação, ajuda e companheirismo. Isso é muito raro de se ver. Poderia contar um pouco sobre essa sua forma de abordar o RPG e histórias de maneira geral?

Claro! A coisa é simples: Enjoei. 

Desde que me entendo por gente em TODOS os jogos que consigo resgatar na memória, o padrão era sempre o mesmo. Vai jogar Super Mario: mata os monstros até chegar no chefão, mata o chefão, venceu. Space Invaders, aquele do Atari, atira e mata os alienígenas. Vai jogar rpg com os amigos: "Escolham suas Armas", mata o goblin, mata a quimera, mata o Dragão. Ah, Dragões... acho que esse pode ter sido o primeiro gatilho. AMO dragões, não quero matá-los, não podemos conversar? 

Até meu jogo favorito de computador, que é de Fazendinha (Stardew Valley), me obriga a matar as criaturas que moram nas minas, que estão lá no canto delas, sem fazer mal pra ninguém. Por quê???

Então resolvi procurar jogos diferentes, por que não é possível que matar, ferir, atacar, sejam as únicas possibilidades. E comecei a prestar mais atenção nas estórias que consumo também, como filmes, séries, livros, quadrinhos, etc.

A partir desse momento, notei que jogos sem violência não são tão fáceis de achar, e em geral são direcionados ao público infantil (ou só taxados como infantis mesmo). Então comecei modificando os rpgs com temática de batalha para se adaptarem ao que eu queria jogar. Peguei o seu T-Monsters GO e usei a mecânica do combate para meus monstros apostarem corridas, brincar de vôlei de praia e coisas assim. Peguei o Diário do Caçador, do Thiago Junges e fui jogar como um veterinário de monstros, que vai em busca de descobrir o que está incomodando o monstro, o que o fez atacar as pessoas, e curá-lo, ou realocá-lo, ou o que for, sem ferir. 

Nessa busca por rpgs não violentos, encontrei alguns que me inspiraram muito: o seu rascunho de Senhores de Polares, que me tocou muito; o Lascas, do Cezar Capacle, que até chorei quando estava lendo; Amores da Vila do Caju, do Jorge Valpaços, que mais parece um abraço e colo do que um jogo, SMD (Serviços de Manutenção do Domo), também do Jorge Valpaços; Cartographe, da Campfire Estúdios; Apenas Um(a) Taverneiro(a), do Lucas Fowl; Escola de Magia e Feitiçaria de Talakan, seu; entre outros poucos.

E, claro, com seu incentivo constante de: quer jogar, e não achou? Crie! Criei o Larp (Sangue Feérico) para incentivar à mim mesma a prestar atenção nas coisas boas e sutis ao meu redor, e postei no grupo do Solo RPG, caso mais alguém quisesse experimentar. Criei um Dominus do meu querido jogo de fazendinha, só para ter o gosto de nunca precisar matar monstros nele. Outros Dominus amigáveis, como o Pequena Sereia e Jasmine, criei por que um colega do grupo comentou que a filha dele queria um jogo de princesa e ele não encontrou, e os Dominus Série de Época e Turning Red, por conta do filme de mesmo nome e da série Bridgerton. 

Sigo nesse clima. Ainda acompanho gameplays do pessoal da comunidade, com espadas afiadas e cabeças rolando, mas quando pego meus dados rolo alternativas diferentes para resolver os conflitos. No momento estou escrevendo um joguinho de rpg solo/coop baseado no jogo digital Feel The Snow, chamado Contos de Neve, como uma meio que adaptação analógica onde não é preciso matar as criaturas para conseguir recursos. Quando estiver pronto, penso em colocar no Bazar Verde. E se conhecer algum rpg de proposta diferente dos clássicos do gênero fantasia, me avisa! Quero conhecer mais.

Quais são suas principais influências (nas artes e também no RPG)?

Essa pergunta é difícil de responder, pois muda constantemente. ^.^" 

Hoje, no rpg, creio que o Studio Ghibli; Stardew Valley, de ConcernedApe; os rpgs que já citei; e o que vou observando em todo o material que consumo, mesmo nas gameplays violentas fico imaginando como faria diferente.

Em questão de desenho, hoje, não tenho nada que possa apontar, conscientemente, como uma influência principal, mas quando algum estilo me chama muito a atenção, puxo o caderno e rabisco tentando imitar os traços. Por exemplo, tenho rascunhos de Wolfwalkers e Song Of The Sea, da Cartoon Saloon, da animação Turning Red, da Pixar, entre tantos outros, e acredito que posso acabar incorporando alguma coisa nos meus desenhos, mesmo sem perceber, pois acredito que as influências funcionam assim nas artes.

Onde você busca inspiração para escrever ou desenhar algo?

Em tudo que estiver ao meu alcance: livros; histórias que ouvi por aí; quadrinhos; filmes; séries; artes alheias que passaram por mim no pinterest, no instagram, em murais na rua; músicas... De repente, alguma coisa pode acabar voltando à mente e gerando alguma ideia para uma estória ou ilustração. 

História engraçada: uma amiga me apresentou uma música que ela achou que eu iria gostar e na época eu não estava no clima e acabei não dando muita atenção. Anos depois "redescobri" a tal música e viciei tanto nela que fiz toda uma jogatina de rpg solo usando a letra e a história da música. Fui toda empolgada mostrar como se fosse uma grande novidade e ela me lembrou que já tinha me apresentado àquela música fazia muuuito tempo.

Em quais projetos você está envolvida atualmente?

Tenho um rpgzinho em produção há um tempo, que já até postei algumas playtests no grupo, mas ainda não finalizei, o tal do Contos de Neve. 

Fiz artes para o rpg Velhas Histórias Ao Redor Dos Vagalumes, do P.J.Acácio. 

Há um projeto de rpg com um grupinho brabo (segredo). 

Meu portfólio de arte que, enfim, dei início (valeu o empurrão Acácio!), mas falta alimentá-lo. 

E o seu projeto, de T-Monster GO, cuja arte já entreguei, mas ainda me sinto parte e ele está em andamento.

Além de tudo que foi falado aqui, quais outros assuntos despertam o seu interesse?

Uhm... felinos, livros, cafeterias. XD Pergunta difícil! 

Agora poderia citar um filme, seriado, banda ou livro que você recomendaria que TODO mundo conhecesse.

Só um?! Eita. Ok! Vou recomendar um filme que achei simplesmente fantástico: Kimi no Na wa (ou Your Name, como chegou pra cá). Não darei resenha pois, se tiver a oportunidade, assista sem saber o que te espera e confia que é muito bom!!!

E agora nessa última pergunta, temos algo que não é uma pergunta!kkkkkkkkk! O espaço aqui é livre para você falar o que quiser, agradecer, xingar, dar dicas ou até mesmo responder algo que não foi perguntado mas que você gostaria muito de falar.

Arte, RPG, Livros, Filmes, Quadrinhos, Séries, Músicas... Tudo é uma tentativa de colocar um sentimento no mundo. Eu gostaria muito que a humanidade notasse, sentisse, imaginasse e com isso, todos, TODOS, pudessem desenvolver Empatia. Acredito que a empatia pode prevenir e resolver muitos problemas entre nós humanos e, por consequência, muitos problemas que estão à nossa volta. Nos últimos anos, me parece, muita empatia se perdeu. Desejo que ela ressurja. E se com um desenho ou um joguinho eu puder despertar a mínima fagulha de empatia em alguém, todo o trabalho valeu a pena.

Agradeço muito, Tarcísio, pelo espaço e pelos incentivos que você me deu pra postar os desenhos, compartilhar os jogos e as jogatinas. E por ter criado o grupo acolhedor que é o Solo RPG, onde, enfim, senti segurança para expor meu material. E eu não fui a única. Continue assim! Você está mudando o mundo pra melhor.


sábado, 4 de novembro de 2023

O Livro das Jornadas Espaciais - Venda

 Aqui temos um material ideal para histórias de Ópera Espacial e Ficção Científica. São 200 eventos envolvendo os grandes temas do gênero. Pode ser usado com qualquer sistema de regras.

Formato: PDF

Número de Páginas: 27

Valor: 10 reais

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O Livro dos Vampiros - Venda

 Aqui temos 200 eventos para sua aventura moderna de vampiros.

Ideal para jogos como Vampiro A Máscara, Vampiro Sozinho na Escuridão e Dominus Vampirus.

Formato: PDF

Número de Páginas: 26

Valor: 10

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D100 Eventos para Super Heróis - Venda

 Aqui temos uma tabela para gerar aventuras no melhor estilo Marvel e DC.

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Número de Páginas: 13

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O Livro dos Tokusatsu - Venda

 Aqui temos um conjunto de tabelas para suas aventuras dentro do estilo Tokusatsu ou super sentai.

Roupas coloridas, monstros gigantes e cidades destruídas toda a semana.

Pode ser utilizado junto com qualquer sistema de regras.

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Número de Páginas: 32

Valor: 12 reais

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O Livro dos Horrores Cósmicos - Venda

 Temos aqui um conjunto de tabelas para aventuras de horror contemporâneo ou moderno.

Com muita influência de Lovecraft, esse material também apresenta temas mais "mundanos". Pode ser usado junto com qualquer sistema de regras.

Formato: PDF

Número de Páginas: 23

Valor: 10

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XIANTA - Cyberwuxia RPG - Venda

 XIANTA se passa quase 200 anos no futuro, em uma realidade onde a tecnologia avançou muito, e no entanto a civilização preservou os conceitos do Zen e do Tai Chi.

Os arranha céus cyberpunk aqui tem influência da arquitetura chinesa antiga. Cyber monges, techno-Master e Zen-Hackers dividem as ruas do Império Neon com gangues e mafiosos.

O sistema é um hack do premiado "Lasers & Feelings", utilizando apenas 1 d6.

Formato: PDF

Número de Páginas: 78

Valor: 12 reais

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terça-feira, 3 de outubro de 2023

Entrevista: Dayla Assuky Dmorje

Olá, pessoal

Hoje tenho a honra de apresentar mais um grande novo talento da literatura fantástica em nosso país: Dayla Assuke Dmorje é responsável pela trilogia "Light Novel: Rebelião", além de ser a própria ilustradora dos livros.

Nessa entrevista Dayla nos conta um pouco sobre seu trabalho, métodos, inspirações e planos futuros.

Vamos lá então!

1- Vamos começar com o básico: Dayla, como você se apresentaria para alguém que está tendo contato com sua obra pela primeira vez?

R:  Meu nome é Danielle, desenhar e escrever são terapias para mim. O tempo passa que eu nem sinto. Amo demais, e não viveria sem. Pensei em desistir muitas vezes, porque não é um caminho fácil, mas sempre volto a ativa, como uma fênix.

2-  Você atua como escritora e ilustradora. Poderia nos contar um pouco como foi o seu início nessas 2 áreas?

R: Desenhar é desde de os quatro anos, era me dar uma caneta que eu saia rabiscando até as paredes. Na adolescência comprei varias revistas de como desenhar mangá e estudei com base nelas. Com uns dez anos já criava histórias bem simples e infantis que estão guardadas em algum lugar aqui em casa. Meu sonho era ser mangaká, porém percebi que não dispunha de tempo para isso e se eu quisesse seguir esse ramo, provavelmente eu desenharia histórias de outros autores e não as minhas, por isso decidi começar a escrever livros. Escrever também é uma arte, porém requer menos tempo e assim consigo contar mais histórias. No entanto, como o desenho está no meu coração, eu sempre desenho meus personagens e algumas cenas.

3- Vamos falar sobre sua produção escrita, especialmente a Light Novel REBELIÃO – Uma Noite Fatal. Poderia contar um pouco sobre o universo do livro?


R: O livro uma noite fatal conta a história da protagonista Marine. Era uma noite tranquila como tantas outras até que sua casa é invadida por dois desconhecidos. Eles discutem com os pais da jovem e exigem que os levem a uma nave escondida nos fundos da casa. No meio desse dialogo, Marine descobre que seus pais possuem um passado renegado o qual jamais a contaram. No fim, ela é raptada e levada para Óregon, onde tudo de fato começa.

4-  Como é o seu processo de escrita? Como é para você pegar essas histórias em sua mente e transformá-las em páginas de um livro?

R: Meu processo de escrita sempre foi bem caótico, escrevia conforme vinham as imagens e sons na minha cabeça. Eu vejo toda a história aos poucos como um filme e vou escrevendo conforme vou assistindo. Porém, eu percebi que seria vantagem começar a planejar, por isso hoje em dia sou mais organizada e isso melhorou consideravelmente a história, garantindo um final à altura.

5- Quais autores você poderia citar como inspirações?

R: Não sei se posso citar algum autor como inspiração, creio que posso citar filmes. Star Wars está presente nos sabres de luz, nos poderes dos legionários e na desordem social, porém vai muito além de Star Wars. Tem influencias de X-men e filmes da Marvel. É todo um universo na mescla dos filmes e seriados que mais amo.

6- Agora vamos falar sobre suas ilustrações. Quais estilos e técnicas você mais utiliza e mais gosta em seus desenhos e pinturas?

R:   O estilo que uso é mangá, amo de paixão este estilo e sou sincera ao dizer que não sei desenhar outro com o mesmo carinho. Desenho tradicional com lapiseira no papel, a coloração é por meio de lápis de cor, aquarela, guache, canetas etc... depois tiro uma foto e dito no ibispaint com melhora nas cores, sombras e luz. Os cenários eu sou péssima, então busco referencias e peço para a I.A fazer.

7- Quais são as maiores recompensas e os maiores desafios de trabalhar com arte em nosso país, na sua opinião?

R: A maior recompensa é receber comentários fofos de quem gostou da história e dos personagens, sinto muita alegria de atingir o coração de outras pessoas. O maior desafio é a divulgação, chegar até essas pessoas, o publico ideal. As redes sociais só entregam quando pagamos e isso dificulta demais as coisas. Também existe poucas iniciativas do governo quanto a eventos onde o artista é convidado de forma gratuita, os poucos que existem são concorridos e cheios de burocracias.

8-    Quais os próximos passos? Planos futuros?

R: Agora que finalmente terminei a saga Light Novel Rebelião, pretendo começar um novo livro chamado Safira. Ele vai conter especialmente: comédia, reflexões sobre a vida, família, drama e aventura. Vai ser um livro bem divertido recheado de personagens peculiares. Uma viagem entre mundos que compartilham a mesma realidade paralela.

9-   Essa última nem chega a ser uma pergunta; é um espaço livre para você dizer o que quiser. Pode colocar coisas que não foram contempladas pelas perguntas, pode fazer jabá, indicar formas de adquirir seus trabalhos, pode xingar...o espaço é todo seu!

Bom, acho que a única coisa que desejo complementar é que um sonho bem pra longe, eu acho, mas que eu amaria ver realizado, é que meu livro se tornasse um filme. Vem Netflix! Hehehehe

Obrigada pela oportunidade e desculpa pela demora em responder, sucesso para ti!

AAqui os lugares onde você pode conhecer mais o trabalho da autora:

Facebook: Face Dayla

Site: Site Autora

Instagram: Insta Autora

 

sábado, 3 de junho de 2023

Senhor dos Anéis NÃO é uma nova mitologia da Inglaterra, e o próprio Tolkien pode provar isso - Artigo

 Gente, parem de ficar repetindo esse lance de que TOLKIEN queria Imbuir de "sacralidade" sua obra e criar uma nova "mitologia da Inglaterra", e esse post é pra falar sobre isso:

Tolkien nunca quis escrever uma nova mitologia da Inglaterra. 

O autor pode até ter sugerido algo assim em algumas (poucas) cartas, mas é só ler (SÓ LER) essas mesmas cartas (e não o que OUTRAS pessoas estão falando nas cartas) pra ver que não era algo que realmente impulsionava Tolkien e que essas cartas NÃO eram escritas em tom de solenidade e muito menos de sacralidade. Uma dessas poucas passagens tinha inclusive um tom bem leve bem humorado.

Ele mesmo nunca usou essa expressão (não precisam acreditar em mim; a internet está aí pra isso) "mitologia da Europa" para se referir ao próprio universo ficcional. Essa é a ideia de um dos biografos do autor, Humphrey Carpenter.

O pesquisador Anders Stenström inclusive chegou a escrever um artigo chamado "A Mythology? For England?" (Link no fim do post), em que ele visita tudo que o autor escreveu e não encontrou em lugar nenhum a expressão "mythology for England". Em LUGAR NENHUM. 

Outra pesquisadora que analisou a obra do autor foi Dimtra Fimi (link nos comentários), no seu trabalho "Tolkien, race and cultural History".

O mais aprofundado que o TOLKIEN falou sobre isso foi o seguinte trecho de uma carta para seu amigo Milton Waldman. E não tem NADA de sacrossanto: Milton Waldman era um dono de editora que o TOLKIEN procurava tentando convence-lo a publicar alguns de seus escritos. 

Fora isso, tem uma outra carta de 1956 endereçada a um tal de Mr. Thompson, que não se sabe ao certo quem era e Tolkien por algum motivo NUNCA enviou a carta.

Uma moça chamada Jane Chance anos depois lançou um livro chamado "Tolkien's Art: A Mythology for England", onde ele expressava a ideia DELA de que era isso que TOLKIEN queria. Link no fim do post.

Aqui o maior trecho que o autor escreveu sobre isso:

"Não ria! Mas, uma vez (minha glória já há muito tempo se desfez), eu tive a intenção de criar um corpo de lendas mais ou menos conectadas, que variavam desde as grandes e cosmogônicas até o nível de contos de fadas românticos - as maiores baseadas nas menores em contato com a terra, as menores retirando esplendor das vastas paisagens de fundo - que eu poderia dedicar simplesmente a: à Inglaterra; ao meu país. 

Ela deveria possuir o tom e a qualidade que eu desejava, algo fresco e claro, ser perfumada de nosso 'ar' (o clima e o solo do Noroeste, ou seja, Grã-Bretanha e as partes vizinhas da Europa; não Itália ou Egeu, e muito menos o Oriente), e, ao mesmo tempo possuindo (se eu conseguisse alcançar) a bela e fugidia beleza que alguns chamam de celta (embora raramente encontrada em coisas celtas antigas genuínas), ela deveria ser 'elevada', purificada do grosseiro e adequada para a mente mais madura de uma terra há muito embebida em poesia.

 Eu desenharia alguns dos grandes contos em sua plenitude e deixaria muitos apenas inseridos no esquema e esboçados. Os ciclos deveriam estar ligados a um todo majestoso, e ainda assim deixar espaço para outras mentes e mãos, manipulando a pintura, a música e o drama. Absurdo. (Cartas, 144-145)"

Entre "dedicada à Inglaterra " a "mitologia da Inglaterra " para mim tem uma diferença ENORME.


Link 1 - texto de Anders Stenström Aqui

Link 2 - texto de Dimitra Fimi Aqui

Link 3 - livro de Jane Chance Aqui

quarta-feira, 31 de maio de 2023

QUILL - VERSÃO NACIONAL FÍSICA - VENDA

 Olá, pessoas, tudo bem com vocês?

É com muita alegria que venho hoje oficializar a publicação física do RPG QUILL, um dos RPGs solo mais importantes da história do SOLO recente.

Quill é um dos RPGs mais inovadores de todos os tempos. Além de ser jogado de forma solo, ele tem uma proposta curiosa: você interpreta alguém que está escrevendo uma carta para uma outra pessoa, e serão suas habilidades de escrita, linguagem e caligrafia que decidirão o resultado da aventura. E tudo isso rolando dados e escrevendo REALMENTE uma carta.

Quill foi escrito originalmente por Scott Malthouse e em 2017 ganhou o prêmio INDIE RPG AWARDS, uma das maiores premiações mundiais do gênero.

O livro está disponível em 3 formatos:

QUILL VERSÃO FÍSICA  P&B Econômica

Essa versão está saindo por 16 reais (e alguns centavos) + FRETE. Você pode adquirir AQUI


QUILL VERSÃO COLORIDA

Está saindo 25 reais (e alguns centavos) + FRETE e você pode adquirir AQUI


Agora se você está sem dinheiro, não se desespere:

Baixe  o PDF completo gratuitamente PDF GRATUITO .


Importante: O trabalho de impressão e envio é de responsabilidade TOTAL da editora UICLAP. Qualquer questão envolvendo atrasos ou problemas de impressão devem ser tratadas diretamente com a Editora, ok?


quinta-feira, 18 de maio de 2023

Materiais Físicos/Fanzines à venda!

 E essa semana chega a LOJINHA do Tarcísio a versão física em formato fanzine de alguns materiais. O que temos aqui:   

      

 - Dominus Prime RPG (25 reais).       

- Viagens Através de DOMINIAM (25 reais)             

 - RPG Solo para Pessoas Preguiçosas (20 reais)      

 - ARKLAX  Fanzine N°1 (25 reais).     

- Allianor e a Origem da Magia (literatura/poesia)(20 reais).               

 - Velhas Historias ao Redor da Galáxia RPG (+5 reais em qualquer compra).  

     Frete incluso! 

Preço especial de lançamento.                                          

Aquisição pelo whatsapp 19998972653

Entrevista: Artista e criadora de jogos Fernanda Bianchini

 Olá, pessoal, tudo bem com vocês? Hoje venho animadíssimo com mais uma grande entrevista. Dessa vez com a artista e criadora de jogos (e mu...