domingo, 15 de setembro de 2024

Entrevista: Isabella Leão, escritora e game designer

 Olá,  pessoal, tudo jóinha?

É com enorme alegria que hoje apresento aqui no blog uma entrevista com a escritora e Game designer Isabella Leão.  

Apesar de ser a entrevistada mais jovem dentre as mais de 40 pessoas já entrevistadass aqui, a Isabella tem uma produção muito sólida e de uma qualidade inequívoca. 

Bom, segue essa entrevista incrível repleta de informações, dicas e revelações da autora!

Como já é tradição: sem edição ou cortes!

 

1- Primeiramente, conte para quem talvez não conheça o seu trabalho. Quem é você?

 Acho que essa é a pergunta mais difícil pra mim!

Bom, vou começar com perguntas que normalmente me fazem. Eu sou a Isabella, sou uma escritora gaúcha, trabalho com escrita, diagramação e edição de imagens, sou apaixonada por terror, medievalismo e Babymetal. Eu vivo com a minha mãe, tenho 20 anos, moro na zona rural de Porto Alegre, não faço faculdade, sou de gêmeos, e minha santa protetora é Joana D'arc.

             Eu sou autora de A Herdeira de Umbrea, um romance de fantasia sombria, do Pandora RPG, da novela #Polipa, e, em breve, autora de Clube do Ocultismo.

2- Quando é como você iniciou na escrita? O que veio primeiro, o RPG ou a literatura?

 Ah, eu comecei bem nova. Tinha uma oficina de escrita no meu colégio, era algo bem simples para as crianças, mas foi lá que comecei a ter algum interesse. O primeiro livro que me despertou a vontade de ser escritora foi Alice no País das Maravilhas, porque eu amei a história e era tão simples que senti que poderia fazer também. Depois eu comecei a escrever algumas fanfics, mas sempre que eu mostrava para as pessoas que conhecia, elas não liam. Resolvi, então, publicar no wattpad e deu bastante certo. Eu publiquei #Polipa na forma de folhetim (um capítulo por semana) e ganhei muito público, muitos elogios e conforme a história crescia, eu me motivava mais a trabalhar com isso. Hoje #Polipa tem 170 mil leituras, mas não costumo recomendar muito ela porque é um gênero que não trabalho mais.

 Eu finalizei #Polipa em dezembro de 2020 e comecei, em Janeiro de 2021, a escrever A Herdeira de Umbrea, mais ou menos na mesma época que pensei em criar um RPG. Eu tinha conhecido RPG um ano antes por conta do RPG de Game of Thrones, que eu quis ler mais para devorar tudo da obra e aprender sobre o universo em si, mas as regras e o jogo em si me despertaram uma curiosidade sobre aquilo. Daí um primo meu me ensinou a jogar, mas eu não gostei muito, por ser muito travada, eu não me sentia à vontade para interpretar e agir como queria. Eu só voltei a me interessar por RPG quando conheci o canal Me, Myself and Die e adorei o jeito como ele jogava sozinho. Inicialmente eu comecei a escrever o Herdeira de Umbrea junto do que chamei na época de Umbrea RPG e ia testando as versões do sistema. Enquanto jogava, eu também estava bem viciada em Sailormoon e me deu vontade de também usar o sistema para jogar neste cenário, foi então que me veio da ideia do Pandora RPG, como algo mais genérico e versátil. Como eu conhecia mais de escrita do que de RPG, acabei fazendo um sistema bem focado em elementos narrativos, o que me ajudou a criar o sistema de oráculo, fazer classes e arquétipos serem mais focados em papéis narrativos do que profissões em si, etc. E também eu assistia cada episódio do Me, Myself and Die anotando tudo o que ele sentia falta durante o jogo e colocando no meu sistema.

 Acabou que A Herdeira de Umbrea foi publicado em março de 2022 e o Pandora RPG apenas em 2023, pois me exigiu muito mais estudos e era uma área que eu não conhecia tanto, mas acho que nestes dois anos eu devo ter lido uns 50 livros de RPGs diferentes. Sempre gostei muito de pesquisar para escrever minhas obras, então era um prazer manter essa compulsão de leitura.  


 3- Fale um pouco de cada uma das suas obras principais

             Bom, vou falar das que já escrevi e dos meus próximos lançamentos. E sou apaixonada pelas minhas obras, então aguentem!

 A Herdeira de Umbrea: este foi meu primeiro romance autoral e ainda é meu carro-chefe de divulgação e vendas. Ele nasceu da união de duas paixões minhas: terror e fantasia medieval. A história fala sobre a Vikni, uma espadachim que persegue o Demônio de Yafira, uma criatura que amaldiçoou a família dela e causou, por um engano, a morte de sua mãe pela Igreja de Haggndar por associação com bruxaria. A trama tem várias camadas e pontos de vistas, Vikni não é uma heroína, assim como seus inimigos não são necessariamente vilões. Além disso, o cenário carrega os elementos da fantasia sombria: a bruxaria é vista como perigosa e como uma maldição; os monstros são cruéis e associados às sombras; há muitas cenas em que fome, frio, sede são os grandes inimigos; além de os personagens sofrerem violência, abusos, injustiças, etc. A obra que, sem dúvidas, mais se assimila a Herdeira de Umbrea é Berserk, uma grande fonte de inspiração minha.

 Apenas Bruxas Caminham no Escuro: este foi um conto ambientado no mesmo universo de A Herdeira de Umbrea que eu lancei em comemoração às 100 vendas do romance. Ele apresenta a Yulia, que será uma das protagonistas do livro seguinte. Ele ajuda ambientar mais o universo e tem um tom de folk horror, diferente do romance que se mistura à aventura. Como é bem curtinho, apenas 22 páginas, também acaba sendo um cartão de visitas para leitores conhecerem tanto meu cenário, como meu estilo de escrita.

 Pandora RPG: esse é meu primeiro sistema de RPG, sendo universal e versátil. Ele nasceu de alguém que usava para jogar fantasia medieval sombria e Sailormoon usando as mesmas regras, então, né? O Pandora tem um sistema bem legal de arquétipos e classes, focados em papéis narrativos do cinema e literatura, o que permite adaptar um mesmo arquétipo a diversas histórias. Ele também tem um sistema tático bem original e intrincado, mas também tem a opção do monstro-desafio para deixar as lutas em tom narrativo-literário. O sistema de crafting dele é super completo, inspirado em Genshin Impact e Zelda. A regra dos Desafios é ponto alto do jogo, permitindo conduzir pesquisas, investigações, combates narrativos, missões e diversas outras tarefas de um modo que junta game design eficiente e incentivos narrativos e psicológicos. E pro pessoal do solo, o Pandora tem um sistema bem legal de geração de histórias, informações e tem dezenas de tabelas. O sistema usa apenas d6, então fica fácil para qualquer um jogar em casa. Ah, e ele é gratuito e tem uma licença de uso gratuita para as regras do jogo.

 #Polipa: eu não quis começar por ele, apesar de ter sido o primeiro, mas #Polipa conta a história de Poliana e Filipa, duas adolescentes do nono ano, que, apesar de inimigas, acabam se apaixonando e enfrentam a questão do preconceito, aceitação e os obstáculos de um primeiro amor lésbico. Eu não trabalho mais com romances românticos, mas me orgulho muito de #Polipa, foi a obra que fez eu acreditar em mim como escritora e ouvir de muitas pessoas que era "o melhor livro que já tinham lido". Tudo bem, eram adolescentes que diziam isso, mas eu também era uma adolescente quando escrevi, então significou demais. #Polipa está gratuita no wattpad. 

 

             Agora vou falar das próximas obras.

 

Sussurros de Umbrea, Livro 2: o título ainda é um mistério, mas o “Umbrea II” (esse virou o apelido oficial dele) já está escrito e estou na fase de revisão e diagramação. O livro ficou bem maior (330 mil palavras, ou 1200 páginas em A5) e é a continuação direta de A Herdeira de Umbrea. Foi um trabalho quase ininterrupto de 2 anos e estou super satisfeita com o resultado. Não quero dar spoilers, mas para os leitores de A Herdeira de Umbrea, vocês encontrarão o mesmo nível de violência, terror e muito mais desenvolvimento do mundo, dos personagens e da cultura dravhosí. Espero publicar o livro em Dezembro de 2024, também pela Amazon.

 Clube do Ocultismo: este é uma obra que a qual dedicarei meu 2025. Ela se passa em Tóquio de 1999 e irá misturar elementos de lendas urbanas japonesas, terror e ambiente escolar do ensino médio. Eu lançarei tanto um romance, quanto um RPG. O romance contará a história de Nayami e Ami que decidem, após presenciarem eventos paranormais, criar um clube escolar para investigarem estas lendas. Já o RPG, que usa como base o Pandora, tem regras detalhadas da vida escolar japonesa, da cultura local, traz dezenas de lendas urbanas, youkais, além de oferecer todas as ferramentas necessárias para jogar, tanto solo, quanto em grupo. Ainda não tenho previsão, mas creio que ambos virão em 2025. O texto do RPG já está pronto, mas falta toda a parte de diagramação, revisão e artes, já o romance está com toda a estrutura e enredo prontos, mas ainda não comecei a escrever.


   4- Quais são suas inspirações?

  Todas as minhas obras nascem do seguinte sentimento: eu queria muito ler "tal coisa", mas essa "tal coisa" não existe, então irei escrever!

Minha principal inspiração é sempre a História mesmo. Para escrever os livros de Umbrea, pesquisei bastante sobre a cultura eslava, desde a mitologia até a revolução soviética e me foquei, principalmente, no período entre 900 e 1200 de Kyev em direção ao leste, misturando culturas ocidentais e orientais. Meu primeiro contato com os eslavos foi por conta da lenda da Baba Yaga, que foi algo que me apaixonei completamente e comecei a ler tudo sobre a mitologia deles, gosto do modo como o terror é construído se misturando ao folclore local. Outros eventos que me aprofundei foram as cruzadas e também a inquisição. O livro Malleus Maleficarum, por exemplo, escrito em 1486 me deu muito suporte para tratar a bruxaria de forma coesa com os pensamentos da época. Na parte dos combates eu costumo usar HEMA (para o ennponí) e kenjutsu (para o asthení), assim eu fico constantemente assistindo vídeos de luta para deixar as lutas mais coesas. Inclusive o Livro dos 5 Anéis, de 1645, também serviu como base para criar o asthení. Gosto de ver escritos da época e entender como aquilo era visto no contexto próprio.

Indo agora mais para obras e autores, o que fez eu me apaixonar pelo medievalismo foi Game of Thrones, primeiro com a série e depois com os livros. Até hoje sou apaixonada pela obra e é uma das minhas franquias favoritas. Em relação a Umbrea, a obra que mais se assemelha, sem dúvidas, é Berserk, que é outra grande inspiração minha. Claymore também foi uma grande influência no meu modo de pensar e ver a fantasia sombria. Indo pro lado do horror, meu autor favorito é Stephen King, adoro a construção do terror, a atmosfera gradual e o clímax que ele cria. Ler Stephen King é uma aura de escrita criativa. Um autor que também gosto e me comparam às vezes é o Andrzej Sapkowski, autor dos romances de The Witcher. Além de usarmos a mesma base cultural e mitológica (os eslavos), temos uma fluidez parecida no ritmo da história. A ambientação dele vai um pouco mais para a fantasia e a alta magia, enquanto eu vou para o realismo e o terror. Em termos literários, se você gosta da escrita do Andrzej e da ambientação de Berserk, vai gostar bastante do meu universo de Umbrea. 

O terror japonês também moldou muito minha forma de ver o mundo e de criar as minhas histórias, acho que é inegável notar as influencias orientais na minha forma de criar as histórias e as cenas. Ringu (original do Chamado) é meu terror favorito japonês no cinema, e, nos animes, creio que Another e Corpses Party, e nas série minha paixão atual é Girl From Nowhere (sim, ela é Tailandesa, mas a ambientação é semelhante). As lendas urbanas do Japão me fascinam e minha favorita é a Futakuchi-Onna. Ano que vem estarei iniciando mais um universo meu, chamado Clube do Ocultismo, e vou trazer o terror japonês unido à vida escolar (pois Mahou Shoujo também é uma de minhas grandes paixões!). Estou adorando trabalhar nesse projeto e imergir ainda mais na cultura nipônica.

Embora eu não goste muito de falar de política e religião, sem dúvidas a Santa Joana D'arc é uma grande inspiração para a minha vida, tenho uma ligação muito forte com ela e é com quem converso em muitos momentos da minha vida.

            

5- Quais são as maiores recompensas de trabalhar com escrita? E quais os maiores desafios?

Vou começar falando das recompensas!

A primeira grande recompensa é ver a obra pronta, eu fico folhando meus livros do início ao fim várias vezes. Além disso, há um prazer enorme em criar um universo, algo que eu acho que todas as pessoas deviam sentir um dia. Dar vida a personagens, criar culturas, elaborar enredos. Criar mecânicas para o RPG também me desperta a mesma sensação, é um frio gostoso no estômago que não sinto de nenhum outro lugar.

Ter leitores, é claro, também é muito prazeroso. Gosto de manter contato pessoal com quem esteja disposto a conversar sobre meus livros e adoro ouvir teorias, interpretações diferentes, expectativas. É, sem dúvida, um dos meus assuntos favoritos.

Agora se o objetivo é a recompensa financeira, daí recomendo olhar o Top #100 da Amazon, é triste, mas é a realidade. Não elaborarei mais sobre hehe

 Sobre os desafios, posso listar os principais para mim:

 Tempo: escrever toma muito tempo, e não estou falando apenas da parte de digitar, pois pesquisa, organização e estudos ocupam o maior período de dedicação a um livro. Às vezes, levo horas para escrever mil palavras até organizar da forma correta cada parágrafo e frase, ou pesquisando um assunto muito específico. Tem uma cena de barcos em Umbrea II que me fez ficar dias pesquisando o assunto (e por conta de apenas 2 capítulos!!)

 Dinheiro: escrever dá pouco retorno financeiro e ocupa muito tempo, ou seja, você dedicará uma boa parte da vida sem ter retorno para sequer se sustentar. Além disso, se não tiver recursos para imagem, diagramação, artes, revisão, marketing, etc., terá que dar um jeito de fazer isso por conta. Ou seja, mais tempo! Acho que esse é o ponto que mais me dificulta, pois termino de escrever um livro e gasto quase um igual tempo apenas para fazer a parte técnica dele, enquanto eu poderia estar escrevendo novas obras.

 Alcance: acho que é natural que nós escritores queiramos que alguém leia nossas obras e é um pouco (bastante!) frustrante quando não temos o alcance que desejamos. É extremamente difícil competir, usando livros, contra redes sociais, filmes, jogos e outras formas que estão tentando reter a atenção das pessoas. Isso sem contar os próprios outros livros, muitas vezes comum recheado investimento em arte e publicidade. 

 Sei que muitas pessoas também têm dificuldade com bloqueio criativo, organização de enredo, estudo, gramática, mas, pessoalmente, essas são coisas que não vejo como desafios em si, ou, pelo menos, são desafios que dão prazer em superar, pois gosto muito, não só de escrever, mas como também de estudar escrita e os assuntos que eu abordo nos meus livros. Sou realmente apaixonada pelos temas que abordo, então isso é prazeroso.


6- Além de RPG e literatura, quais outros assuntos você se interessa?

 Eu passo boa parte do meu tempo acordada lendo ou escrevendo mesmo, eu mantenho vários projetos ao mesmo tempo, então quando me esgoto em um, eu pulo pro outro.

Por algumas limitações pessoais, não posso sair de casa cotidianamente, então meus lazeres acabam sendo assistis filmes, animes e séries, ler mangás. Vou citar alguns dos meus favoritos aqui:

Filmes: O Chamado, Rurouni Kenshin (os 5 filmes live action), La Vie De Adele, Linda Linda Linda, The Blair Witch, The Witch, Hagazussa, The Exorcist, About Time, Little Women (um caso raro que o filme é melhor que o livro).             

Séries: Game of Thrones, The Borgias, Girl from Nowhere, Alice in Borderland, Penny Dreadful, The Haunting of Hill House, Night Has Come, All of Us Are Dead.           

Animações: Ghost in the Shell, Evangelion, Sailormoon, Tenshi no Tamago, Sakura Card Captor, Konosuba, Frieren, Perfect Blue,           

Mangás: Suzumiya Haruhi no Yuutsu, Claymore, Berserk, Pokémon, Atelier of Witch Hat.

Ah, foi o que lembrei de cabeça, desculpem obras amadas que eu esqueci!

 Eu gosto de alguns jogos também, mas não me considero gamer, nem nada. Gosto muito de Tomb Raider, Pokémon, alguns Final Fantasy (13, 9 e 7) e também perdi muitas horas de vida em Genshin Impact.

 E amo ouvir Babymetal! Ouçam também, é muito bom, passo a maior parte do meu dia ouvindo as músicas delas.

 Também perco um tempo de vida nas redes sociais, principalmente no X/Twitter. Gosto de algumas influencers como a Julia Wieniawa, Sofia Espanha, Mharessa, Doarda, Mumeixxx.

Eu queria ter alguns hobbies mais artesanais, mas me falta ânimo. Adoraria fazer cenários e miniaturas pros meus RPGs. Todo ano me comprometo a isso e todo ano falho.

 

 7- Qual seu maior sonho enquanto escritora?

Eu tenho um compromisso leal com as minhas personagens de tentar levar a história delas para mais pessoas. Essa vai ser sempre minha prioridade, em respeito a elas, eu vou continuar escrevendo e nunca vou permitir que a história delas seja deturpada ou se curve a exigências externas. Então acho que o meu maior sonho é ser lida mesmo, meio óbvio, eu sei, mas é o sentimento que mais predomina em mim.

Claro, eu adoraria conseguir ganhar com a escrita o bastante para me sustentar e poder terceirizar os trabalhos técnicos de um livro, poder pagar publi para divulgações, investir em marketing. São coisas que não só me ajudariam a ter mais alcance, como me permitiriam dedicar mais tempo à escrita.

 

8- Você já passou por algum período de bloqueio criativo? Como você lida com isso?

Não, bloqueio criativo nunca me prejudicou. Eu passo até pelo inverso, penso e crio histórias num ritmo mais rápido do que consigo escrever, por questões pessoais, sei que não terei tantos anos com capacidade plena para escrever, então certamente muitas obras que eu queria fazer jamais serão escritas.

E existem bastante técnicas para driblar o bloqueio criativo. Por exemplo, eu só começo a escrever um livro quando tenho toda a estrutura organizada, do início ao fim, com cada capítulo resumido em pelo menos um gordo parágrafo. Bagagem também ajuda muito a evitar isso, então antes de escrever um tema, leia pelo menos uns 10 livros que sejam o mais parecidos possível para entender o que é feito e, principalmente, o que ainda não é feito.

E conversem com seus personagens, viagem para o mundo deles, não deixem a matéria da nossa realidade limitar o livro.

Se nada funcionar, me contratem como consultora! =D

 

9- aqui você pode falar o que você quiser. Pode ser seus contatos, alguma pergunta que você gostaria de responder e nunca te perguntaram, ou até uma receita de bolo! kkkkkk. Seja livre.

Bom, vocês podem me encontrar nas redes sociais por @isabellap4ndora em praticamente todas: x/twitter, instagram (essas duas são as principais, então prefiro elas), facebook, telegram e até gmail. Como a maioria dos meus trabalhos vem pelas redes sociais, estou sempre olhando as DMs, e respondo todos que forem respeitosos. E podem ir direto ao assunto, pulem "oi/tudo bem" pra conversar comigo.

Bom, quanto a coisas que eu gostaria de falar e que nunca me perguntaram, tenho muitas, mas sou tímida demais para ter autoestima o bastante para sair respondendo assim sem me perguntarem. Talvez não pareça, mas sou extremamente travada ao lidar com outras pessoas.

E sobre receitas de bolo, no Umbrea II teremos várias receitas típicas dos dravhosí. Além de terror, melancolia e angústia, o livro trará fome!

Acho que é isso, obrigada a todos que leram até aqui, quem se interessou pelo meu trabalho, fique a vontade para tirar quaisquer dúvidas comigo, posso demorar um pouquinho, mas sempre olho as mensagens.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Entrevista: Artista e criadora de jogos Fernanda Bianchini

 Olá, pessoal, tudo bem com vocês?

Hoje venho animadíssimo com mais uma grande entrevista. Dessa vez com a artista e criadora de jogos (e muitas outras coisas) Fernanda Bianchini.

A Fernanda tem a peculiaridade de fazer absolutamente tudo a que se propõe de forma competente. Atualmente a artista tem ilustrado diferentes materiais, mas tudo isso é discutido na entrevista a seguir.

Fernanda, você é uma pessoa muito ativa na comunidade do RPG solo em geral, tendo escrito jogos, feito ilustrações e até mesmo mantido um blog com gameplays. Poderia nos contar como foi que você conheceu o mundo dos RPGs em geral?

 Engraçado que não me considero assim ativa na comunidade! ^.^"  Me acho tão ausente, as vezes sumo por semanas. Mas enfim, essa não foi a pergunta. XD Descobri o RPG com uns... 12 anos, creio. Por volta do que, na minha época, era a sexta série do fundamental. Uma amiga deu um jeito de recriar um jogo de videogame dela (não lembro qual) para jogarmos com papel e dados. Depois disso conheci o Gurps, que um colega mestrou por quase um ano, se minha impressão de tempo estiver certa, e em seguida descobri Vampiro, A Máscara, que quase não joguei (não imaginava a opção de jogar solo), mas amava criar personagens e estórias pra eles. Daí por diante uma coisa puxa outra.

Você também é sempre citada e lembrada pelas suas incríveis ilustrações, tendo inclusive ilustrado um livro meu. Como foi que você começou a desenhar?

Não sei precisar quando comecei a desenhar, mas gosto muito desde criança, e cheguei a fazer um curso do estilo anime/mangá por volta dos meus 13 anos, minha época mais fissurada em animes. Mas sempre por diversão, por hobby. Só agora estou começando a fazer desse gosto uma profissão. Aos poucos, vamos ver no que dá! ^.^

Você tem algum método ou técnica recorrente para criar suas ilustrações?

Geralmente começo rascunhando no papel, depois levo pro digital. Mas, sinceramente, não. Minha técnica é o doce e perfeito caos. Qualquer dia vou começar colorindo e finalizar rascunhando! XD

Quais são os temas ou assuntos que você mais gosta de desenhar/ilustrar?

Gosto de Fantasia! Em especial criaturas e animais. E os tão polêmicos furries. -^.^-

Quais os seus materiais favoritos na hora de criar suas artes (lápis, giz, tipo de papel, arte digital, etc...)?

No momento estou entusiasmada em desenhar no tablet. É meu primeiro tablet e desenhar direto na tela era algo que há tempos eu assistia artistas fazendo em vídeos pela internet, mas eu não tinha condições financeiras. É tão estranhos e divertido! Mas o papel comum, lapiseira e caneta nanquim continuam sempre comigo. (Sim. Lapiseira. Chorem, colegas das artes que defendem que artista de verdade usa lápis apontado com estilete: LA-PI-SEIII-RA. Com grafite B de preferência X3) E pra colorir, lápis de cor comum.

Os RPGs que você escreveu tem a peculiaridade MUITO bacana de nunca focarem em combate e violência, mas sim em coisas como cooperação, ajuda e companheirismo. Isso é muito raro de se ver. Poderia contar um pouco sobre essa sua forma de abordar o RPG e histórias de maneira geral?

Claro! A coisa é simples: Enjoei. 

Desde que me entendo por gente em TODOS os jogos que consigo resgatar na memória, o padrão era sempre o mesmo. Vai jogar Super Mario: mata os monstros até chegar no chefão, mata o chefão, venceu. Space Invaders, aquele do Atari, atira e mata os alienígenas. Vai jogar rpg com os amigos: "Escolham suas Armas", mata o goblin, mata a quimera, mata o Dragão. Ah, Dragões... acho que esse pode ter sido o primeiro gatilho. AMO dragões, não quero matá-los, não podemos conversar? 

Até meu jogo favorito de computador, que é de Fazendinha (Stardew Valley), me obriga a matar as criaturas que moram nas minas, que estão lá no canto delas, sem fazer mal pra ninguém. Por quê???

Então resolvi procurar jogos diferentes, por que não é possível que matar, ferir, atacar, sejam as únicas possibilidades. E comecei a prestar mais atenção nas estórias que consumo também, como filmes, séries, livros, quadrinhos, etc.

A partir desse momento, notei que jogos sem violência não são tão fáceis de achar, e em geral são direcionados ao público infantil (ou só taxados como infantis mesmo). Então comecei modificando os rpgs com temática de batalha para se adaptarem ao que eu queria jogar. Peguei o seu T-Monsters GO e usei a mecânica do combate para meus monstros apostarem corridas, brincar de vôlei de praia e coisas assim. Peguei o Diário do Caçador, do Thiago Junges e fui jogar como um veterinário de monstros, que vai em busca de descobrir o que está incomodando o monstro, o que o fez atacar as pessoas, e curá-lo, ou realocá-lo, ou o que for, sem ferir. 

Nessa busca por rpgs não violentos, encontrei alguns que me inspiraram muito: o seu rascunho de Senhores de Polares, que me tocou muito; o Lascas, do Cezar Capacle, que até chorei quando estava lendo; Amores da Vila do Caju, do Jorge Valpaços, que mais parece um abraço e colo do que um jogo, SMD (Serviços de Manutenção do Domo), também do Jorge Valpaços; Cartographe, da Campfire Estúdios; Apenas Um(a) Taverneiro(a), do Lucas Fowl; Escola de Magia e Feitiçaria de Talakan, seu; entre outros poucos.

E, claro, com seu incentivo constante de: quer jogar, e não achou? Crie! Criei o Larp (Sangue Feérico) para incentivar à mim mesma a prestar atenção nas coisas boas e sutis ao meu redor, e postei no grupo do Solo RPG, caso mais alguém quisesse experimentar. Criei um Dominus do meu querido jogo de fazendinha, só para ter o gosto de nunca precisar matar monstros nele. Outros Dominus amigáveis, como o Pequena Sereia e Jasmine, criei por que um colega do grupo comentou que a filha dele queria um jogo de princesa e ele não encontrou, e os Dominus Série de Época e Turning Red, por conta do filme de mesmo nome e da série Bridgerton. 

Sigo nesse clima. Ainda acompanho gameplays do pessoal da comunidade, com espadas afiadas e cabeças rolando, mas quando pego meus dados rolo alternativas diferentes para resolver os conflitos. No momento estou escrevendo um joguinho de rpg solo/coop baseado no jogo digital Feel The Snow, chamado Contos de Neve, como uma meio que adaptação analógica onde não é preciso matar as criaturas para conseguir recursos. Quando estiver pronto, penso em colocar no Bazar Verde. E se conhecer algum rpg de proposta diferente dos clássicos do gênero fantasia, me avisa! Quero conhecer mais.

Quais são suas principais influências (nas artes e também no RPG)?

Essa pergunta é difícil de responder, pois muda constantemente. ^.^" 

Hoje, no rpg, creio que o Studio Ghibli; Stardew Valley, de ConcernedApe; os rpgs que já citei; e o que vou observando em todo o material que consumo, mesmo nas gameplays violentas fico imaginando como faria diferente.

Em questão de desenho, hoje, não tenho nada que possa apontar, conscientemente, como uma influência principal, mas quando algum estilo me chama muito a atenção, puxo o caderno e rabisco tentando imitar os traços. Por exemplo, tenho rascunhos de Wolfwalkers e Song Of The Sea, da Cartoon Saloon, da animação Turning Red, da Pixar, entre tantos outros, e acredito que posso acabar incorporando alguma coisa nos meus desenhos, mesmo sem perceber, pois acredito que as influências funcionam assim nas artes.

Onde você busca inspiração para escrever ou desenhar algo?

Em tudo que estiver ao meu alcance: livros; histórias que ouvi por aí; quadrinhos; filmes; séries; artes alheias que passaram por mim no pinterest, no instagram, em murais na rua; músicas... De repente, alguma coisa pode acabar voltando à mente e gerando alguma ideia para uma estória ou ilustração. 

História engraçada: uma amiga me apresentou uma música que ela achou que eu iria gostar e na época eu não estava no clima e acabei não dando muita atenção. Anos depois "redescobri" a tal música e viciei tanto nela que fiz toda uma jogatina de rpg solo usando a letra e a história da música. Fui toda empolgada mostrar como se fosse uma grande novidade e ela me lembrou que já tinha me apresentado àquela música fazia muuuito tempo.

Em quais projetos você está envolvida atualmente?

Tenho um rpgzinho em produção há um tempo, que já até postei algumas playtests no grupo, mas ainda não finalizei, o tal do Contos de Neve. 

Fiz artes para o rpg Velhas Histórias Ao Redor Dos Vagalumes, do P.J.Acácio. 

Há um projeto de rpg com um grupinho brabo (segredo). 

Meu portfólio de arte que, enfim, dei início (valeu o empurrão Acácio!), mas falta alimentá-lo. 

E o seu projeto, de T-Monster GO, cuja arte já entreguei, mas ainda me sinto parte e ele está em andamento.

Além de tudo que foi falado aqui, quais outros assuntos despertam o seu interesse?

Uhm... felinos, livros, cafeterias. XD Pergunta difícil! 

Agora poderia citar um filme, seriado, banda ou livro que você recomendaria que TODO mundo conhecesse.

Só um?! Eita. Ok! Vou recomendar um filme que achei simplesmente fantástico: Kimi no Na wa (ou Your Name, como chegou pra cá). Não darei resenha pois, se tiver a oportunidade, assista sem saber o que te espera e confia que é muito bom!!!

E agora nessa última pergunta, temos algo que não é uma pergunta!kkkkkkkkk! O espaço aqui é livre para você falar o que quiser, agradecer, xingar, dar dicas ou até mesmo responder algo que não foi perguntado mas que você gostaria muito de falar.

Arte, RPG, Livros, Filmes, Quadrinhos, Séries, Músicas... Tudo é uma tentativa de colocar um sentimento no mundo. Eu gostaria muito que a humanidade notasse, sentisse, imaginasse e com isso, todos, TODOS, pudessem desenvolver Empatia. Acredito que a empatia pode prevenir e resolver muitos problemas entre nós humanos e, por consequência, muitos problemas que estão à nossa volta. Nos últimos anos, me parece, muita empatia se perdeu. Desejo que ela ressurja. E se com um desenho ou um joguinho eu puder despertar a mínima fagulha de empatia em alguém, todo o trabalho valeu a pena.

Agradeço muito, Tarcísio, pelo espaço e pelos incentivos que você me deu pra postar os desenhos, compartilhar os jogos e as jogatinas. E por ter criado o grupo acolhedor que é o Solo RPG, onde, enfim, senti segurança para expor meu material. E eu não fui a única. Continue assim! Você está mudando o mundo pra melhor.


sábado, 4 de novembro de 2023

O Livro das Jornadas Espaciais - Venda

 Aqui temos um material ideal para histórias de Ópera Espacial e Ficção Científica. São 200 eventos envolvendo os grandes temas do gênero. Pode ser usado com qualquer sistema de regras.

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Número de Páginas: 27

Valor: 10 reais

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O Livro dos Vampiros - Venda

 Aqui temos 200 eventos para sua aventura moderna de vampiros.

Ideal para jogos como Vampiro A Máscara, Vampiro Sozinho na Escuridão e Dominus Vampirus.

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Número de Páginas: 26

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D100 Eventos para Super Heróis - Venda

 Aqui temos uma tabela para gerar aventuras no melhor estilo Marvel e DC.

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Número de Páginas: 13

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O Livro dos Tokusatsu - Venda

 Aqui temos um conjunto de tabelas para suas aventuras dentro do estilo Tokusatsu ou super sentai.

Roupas coloridas, monstros gigantes e cidades destruídas toda a semana.

Pode ser utilizado junto com qualquer sistema de regras.

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Número de Páginas: 32

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O Livro dos Horrores Cósmicos - Venda

 Temos aqui um conjunto de tabelas para aventuras de horror contemporâneo ou moderno.

Com muita influência de Lovecraft, esse material também apresenta temas mais "mundanos". Pode ser usado junto com qualquer sistema de regras.

Formato: PDF

Número de Páginas: 23

Valor: 10

Modo de compra: Pix ou depósito bancário

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XIANTA - Cyberwuxia RPG - Venda

 XIANTA se passa quase 200 anos no futuro, em uma realidade onde a tecnologia avançou muito, e no entanto a civilização preservou os conceitos do Zen e do Tai Chi.

Os arranha céus cyberpunk aqui tem influência da arquitetura chinesa antiga. Cyber monges, techno-Master e Zen-Hackers dividem as ruas do Império Neon com gangues e mafiosos.

O sistema é um hack do premiado "Lasers & Feelings", utilizando apenas 1 d6.

Formato: PDF

Número de Páginas: 78

Valor: 12 reais

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terça-feira, 3 de outubro de 2023

Entrevista: Dayla Assuky Dmorje

Olá, pessoal

Hoje tenho a honra de apresentar mais um grande novo talento da literatura fantástica em nosso país: Dayla Assuke Dmorje é responsável pela trilogia "Light Novel: Rebelião", além de ser a própria ilustradora dos livros.

Nessa entrevista Dayla nos conta um pouco sobre seu trabalho, métodos, inspirações e planos futuros.

Vamos lá então!

1- Vamos começar com o básico: Dayla, como você se apresentaria para alguém que está tendo contato com sua obra pela primeira vez?

R:  Meu nome é Danielle, desenhar e escrever são terapias para mim. O tempo passa que eu nem sinto. Amo demais, e não viveria sem. Pensei em desistir muitas vezes, porque não é um caminho fácil, mas sempre volto a ativa, como uma fênix.

2-  Você atua como escritora e ilustradora. Poderia nos contar um pouco como foi o seu início nessas 2 áreas?

R: Desenhar é desde de os quatro anos, era me dar uma caneta que eu saia rabiscando até as paredes. Na adolescência comprei varias revistas de como desenhar mangá e estudei com base nelas. Com uns dez anos já criava histórias bem simples e infantis que estão guardadas em algum lugar aqui em casa. Meu sonho era ser mangaká, porém percebi que não dispunha de tempo para isso e se eu quisesse seguir esse ramo, provavelmente eu desenharia histórias de outros autores e não as minhas, por isso decidi começar a escrever livros. Escrever também é uma arte, porém requer menos tempo e assim consigo contar mais histórias. No entanto, como o desenho está no meu coração, eu sempre desenho meus personagens e algumas cenas.

3- Vamos falar sobre sua produção escrita, especialmente a Light Novel REBELIÃO – Uma Noite Fatal. Poderia contar um pouco sobre o universo do livro?


R: O livro uma noite fatal conta a história da protagonista Marine. Era uma noite tranquila como tantas outras até que sua casa é invadida por dois desconhecidos. Eles discutem com os pais da jovem e exigem que os levem a uma nave escondida nos fundos da casa. No meio desse dialogo, Marine descobre que seus pais possuem um passado renegado o qual jamais a contaram. No fim, ela é raptada e levada para Óregon, onde tudo de fato começa.

4-  Como é o seu processo de escrita? Como é para você pegar essas histórias em sua mente e transformá-las em páginas de um livro?

R: Meu processo de escrita sempre foi bem caótico, escrevia conforme vinham as imagens e sons na minha cabeça. Eu vejo toda a história aos poucos como um filme e vou escrevendo conforme vou assistindo. Porém, eu percebi que seria vantagem começar a planejar, por isso hoje em dia sou mais organizada e isso melhorou consideravelmente a história, garantindo um final à altura.

5- Quais autores você poderia citar como inspirações?

R: Não sei se posso citar algum autor como inspiração, creio que posso citar filmes. Star Wars está presente nos sabres de luz, nos poderes dos legionários e na desordem social, porém vai muito além de Star Wars. Tem influencias de X-men e filmes da Marvel. É todo um universo na mescla dos filmes e seriados que mais amo.

6- Agora vamos falar sobre suas ilustrações. Quais estilos e técnicas você mais utiliza e mais gosta em seus desenhos e pinturas?

R:   O estilo que uso é mangá, amo de paixão este estilo e sou sincera ao dizer que não sei desenhar outro com o mesmo carinho. Desenho tradicional com lapiseira no papel, a coloração é por meio de lápis de cor, aquarela, guache, canetas etc... depois tiro uma foto e dito no ibispaint com melhora nas cores, sombras e luz. Os cenários eu sou péssima, então busco referencias e peço para a I.A fazer.

7- Quais são as maiores recompensas e os maiores desafios de trabalhar com arte em nosso país, na sua opinião?

R: A maior recompensa é receber comentários fofos de quem gostou da história e dos personagens, sinto muita alegria de atingir o coração de outras pessoas. O maior desafio é a divulgação, chegar até essas pessoas, o publico ideal. As redes sociais só entregam quando pagamos e isso dificulta demais as coisas. Também existe poucas iniciativas do governo quanto a eventos onde o artista é convidado de forma gratuita, os poucos que existem são concorridos e cheios de burocracias.

8-    Quais os próximos passos? Planos futuros?

R: Agora que finalmente terminei a saga Light Novel Rebelião, pretendo começar um novo livro chamado Safira. Ele vai conter especialmente: comédia, reflexões sobre a vida, família, drama e aventura. Vai ser um livro bem divertido recheado de personagens peculiares. Uma viagem entre mundos que compartilham a mesma realidade paralela.

9-   Essa última nem chega a ser uma pergunta; é um espaço livre para você dizer o que quiser. Pode colocar coisas que não foram contempladas pelas perguntas, pode fazer jabá, indicar formas de adquirir seus trabalhos, pode xingar...o espaço é todo seu!

Bom, acho que a única coisa que desejo complementar é que um sonho bem pra longe, eu acho, mas que eu amaria ver realizado, é que meu livro se tornasse um filme. Vem Netflix! Hehehehe

Obrigada pela oportunidade e desculpa pela demora em responder, sucesso para ti!

AAqui os lugares onde você pode conhecer mais o trabalho da autora:

Facebook: Face Dayla

Site: Site Autora

Instagram: Insta Autora

 

sábado, 3 de junho de 2023

Senhor dos Anéis NÃO é uma nova mitologia da Inglaterra, e o próprio Tolkien pode provar isso - Artigo

 Gente, parem de ficar repetindo esse lance de que TOLKIEN queria Imbuir de "sacralidade" sua obra e criar uma nova "mitologia da Inglaterra", e esse post é pra falar sobre isso:

Tolkien nunca quis escrever uma nova mitologia da Inglaterra. 

O autor pode até ter sugerido algo assim em algumas (poucas) cartas, mas é só ler (SÓ LER) essas mesmas cartas (e não o que OUTRAS pessoas estão falando nas cartas) pra ver que não era algo que realmente impulsionava Tolkien e que essas cartas NÃO eram escritas em tom de solenidade e muito menos de sacralidade. Uma dessas poucas passagens tinha inclusive um tom bem leve bem humorado.

Ele mesmo nunca usou essa expressão (não precisam acreditar em mim; a internet está aí pra isso) "mitologia da Europa" para se referir ao próprio universo ficcional. Essa é a ideia de um dos biografos do autor, Humphrey Carpenter.

O pesquisador Anders Stenström inclusive chegou a escrever um artigo chamado "A Mythology? For England?" (Link no fim do post), em que ele visita tudo que o autor escreveu e não encontrou em lugar nenhum a expressão "mythology for England". Em LUGAR NENHUM. 

Outra pesquisadora que analisou a obra do autor foi Dimtra Fimi (link nos comentários), no seu trabalho "Tolkien, race and cultural History".

O mais aprofundado que o TOLKIEN falou sobre isso foi o seguinte trecho de uma carta para seu amigo Milton Waldman. E não tem NADA de sacrossanto: Milton Waldman era um dono de editora que o TOLKIEN procurava tentando convence-lo a publicar alguns de seus escritos. 

Fora isso, tem uma outra carta de 1956 endereçada a um tal de Mr. Thompson, que não se sabe ao certo quem era e Tolkien por algum motivo NUNCA enviou a carta.

Uma moça chamada Jane Chance anos depois lançou um livro chamado "Tolkien's Art: A Mythology for England", onde ele expressava a ideia DELA de que era isso que TOLKIEN queria. Link no fim do post.

Aqui o maior trecho que o autor escreveu sobre isso:

"Não ria! Mas, uma vez (minha glória já há muito tempo se desfez), eu tive a intenção de criar um corpo de lendas mais ou menos conectadas, que variavam desde as grandes e cosmogônicas até o nível de contos de fadas românticos - as maiores baseadas nas menores em contato com a terra, as menores retirando esplendor das vastas paisagens de fundo - que eu poderia dedicar simplesmente a: à Inglaterra; ao meu país. 

Ela deveria possuir o tom e a qualidade que eu desejava, algo fresco e claro, ser perfumada de nosso 'ar' (o clima e o solo do Noroeste, ou seja, Grã-Bretanha e as partes vizinhas da Europa; não Itália ou Egeu, e muito menos o Oriente), e, ao mesmo tempo possuindo (se eu conseguisse alcançar) a bela e fugidia beleza que alguns chamam de celta (embora raramente encontrada em coisas celtas antigas genuínas), ela deveria ser 'elevada', purificada do grosseiro e adequada para a mente mais madura de uma terra há muito embebida em poesia.

 Eu desenharia alguns dos grandes contos em sua plenitude e deixaria muitos apenas inseridos no esquema e esboçados. Os ciclos deveriam estar ligados a um todo majestoso, e ainda assim deixar espaço para outras mentes e mãos, manipulando a pintura, a música e o drama. Absurdo. (Cartas, 144-145)"

Entre "dedicada à Inglaterra " a "mitologia da Inglaterra " para mim tem uma diferença ENORME.


Link 1 - texto de Anders Stenström Aqui

Link 2 - texto de Dimitra Fimi Aqui

Link 3 - livro de Jane Chance Aqui

quarta-feira, 31 de maio de 2023

QUILL - VERSÃO NACIONAL FÍSICA - VENDA

 Olá, pessoas, tudo bem com vocês?

É com muita alegria que venho hoje oficializar a publicação física do RPG QUILL, um dos RPGs solo mais importantes da história do SOLO recente.

Quill é um dos RPGs mais inovadores de todos os tempos. Além de ser jogado de forma solo, ele tem uma proposta curiosa: você interpreta alguém que está escrevendo uma carta para uma outra pessoa, e serão suas habilidades de escrita, linguagem e caligrafia que decidirão o resultado da aventura. E tudo isso rolando dados e escrevendo REALMENTE uma carta.

Quill foi escrito originalmente por Scott Malthouse e em 2017 ganhou o prêmio INDIE RPG AWARDS, uma das maiores premiações mundiais do gênero.

O livro está disponível em 3 formatos:

QUILL VERSÃO FÍSICA  P&B Econômica

Essa versão está saindo por 16 reais (e alguns centavos) + FRETE. Você pode adquirir AQUI


QUILL VERSÃO COLORIDA

Está saindo 25 reais (e alguns centavos) + FRETE e você pode adquirir AQUI


Agora se você está sem dinheiro, não se desespere:

Baixe  o PDF completo gratuitamente PDF GRATUITO .


Importante: O trabalho de impressão e envio é de responsabilidade TOTAL da editora UICLAP. Qualquer questão envolvendo atrasos ou problemas de impressão devem ser tratadas diretamente com a Editora, ok?


Entrevista: Isabella Leão, escritora e game designer

 Olá,  pessoal, tudo jóinha? É com enorme alegria que hoje apresento aqui no blog uma entrevista com a escritora e Game designer Isabella Le...