Há algum tempo atrás eu conheci um jogo gringo chamado "8 Bit Dungeon", que tentava simular aqueles jogos clássicos de video game - Final Fantasy 1, Zelda e similares - no RPG, especialmente no RPG solo e colaborativo. Achei legalzinho, mas confesso que passou batido, nem sequer um gameplay eu fiz.
Recentemente o Tiago Alves do nosso grupo "SOLO RPG" no facebook não apenas traduziu como aprimorou o jogo, e ainda por cima vem criando uma série de suplementos sensacionais.
Dei uma olhada mais atenta dessa vez, coloquei na minha mesa, e agora simplesmente não consigo parar de jogar!
Video Games : um lado não tão alegre...
Confesso que minha relação com video games sempre foi frustrante, para dizer o mínimo. Como todo bom nerd, sempre foi algo pelo qual me interessei bastante. Mas quando era criança ou adolescente, não pude jogar nem 5 minutos disso aí (se somar tudo que joguei, deve dar uns 3 minutos); minha mãe - que era traumatizada devido aos problemas com o vicio que meu pai tinha em bebidas alcóolicas - achava que o menor contato com "isso" iria certamente me "viciar" e me "levar para o buraco", o primeiro passo para a perdição, drogas e bebidas!kkkkkk. Assim, era terminantemente proibido que eu jogasse, que eu tivesse qualquer contato. Lembro que na minha cidade existia até um fliperama, naqueles moldes anos 80 estilo "Stranger Things" que eu achava o máximo, mas nunca pude joga-los. Parece bobeira, mas pra minha mãe não era!kkkkkk.
Quando saí para morar sozinho aos 18 anos, tendo a liberdade de poder finalmente me dedicar a isso, veio um lance chamado "vida adulta" que bateu forte, e por muitos anos foi impossivel ter contato com jogos, seja por falta de tempo, recursos, ou mesmo falta de tentativas minhas.
Resumindo: somente agora, com 35 anos, em 2018, eu estou conhecendo o mundo dos video games. Enquanto a galera está jogando FORTNITE e Final Fantasy 56 (ironia), eu estou descobrindo só agora os jogos 8 Bits, Atari, pacman.
Semana passada joguei Final Fantasy 1 e Legends of Zelda pela primeira vez. E me senti um menino de 12 anos, vivendo no inicio da decada de 90. E foi massa demais ter essa sensação. Acredito que poucas coisas causam essa sensação depois que se entra na vida adulta.
Enfim, fico grato pelo jogo "8 bit Dungeon" ter me possibilitado isso. Não apenas por me apresentar esse tipo de jogo, mas também e PRINCIPALMENTE por lançar um olhar mais leve sobre uma fase da minha vida - a infância - que não foi tão mágica e livre como supostamente deveria ser, devido a uma série de problemas familiares graves que se arrastaram por todo esse período. Eu escuto o pessoal falar sobre a saudade que sentem de serem crianças, e eu digo: "Não, valeu, tô de boa".
Se o RPG, o video game tem o poder de tornar partes dolorosas da vida em experiências mais agradaveis e suportaveis, só tenho a reconhecer cada vez mais a grandeza desse tipo de diversão.
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Levando em consideração que muito arcade no Brasil eram colocados em bares (alguns tinham até cinzeiro! Ah, os anos 80–90...) que definitivamente não eram ambientes para crianças frequentarem!
ResponderExcluirEu já tinha dado uma espiada no 8-Bit Dungeon, acho que vou dar uma lida novamente com essa leitura... Inclusive me deu curiosidade de passar a vista também no Fina Fantasy RPG, um jogo fan-made que parece bem completo, dado o calhamaço que é o livro.