Por que eu crio jogos? –Parte 1
Hoje quero escrever um pouco
sobre isso. Por que eu insisto em gastar uma boa parte do meu tempo livre
criando jogos? Excelente pergunta!
Primeiramente, eu gostaria de
dizer que não me considero, nem nunca me considerei um game designer.
Seria um insulto aos verdadeiros
Game designers dizer que o que eu faço é game design. A meu ver, game design de verdade inclui pensar e repensar mecânicas, analisa-las metodicamente, refletir sobre o
tipo de experiência que se quer passar, ver e testar se as regras desenvolvidas
estão de acordo com isso...
O que eu faço não tem nada
disso!kkkkkkkkkkk!
90% porcento do que eu faço e
produzo não é testado antes de lançar, não tem reflexão, e mesmo depois, quando descubro que uma
coisa ou outra não encaixa muito bem, eu simplesmente deixo do jeito que está
mesmo. Quase todos os meus jogos são criados em uma noite insone, e do jeito que saem , costumam ficar.
Assim, eu preciso dizer que crio
jogos mas estou longe de ser um game designer.
Eu simplesmente tenho vontade de
jogar jogos que ainda não foram criados.
Ou, mais comumente, eu crio jogos
por que eu quero ter certas experiências que de outra forma eu ficaria apenas
na vontade.
Por exemplo, meu jogo mais
recente foi o “A Chave de Portal”, um LARP solo no mundo de Harry Potter.
Criei única e exclusivamente por
que eu adoraria participar dos LARPs “oficiais” de Harry Potter, como o College
of Wizardry na Europa ou mesmo nosso “Escola de Magia e Bruxaria do Brasil”, em
Campos do Jordão, mas eu simplesmente não tenho condições financeiras de
realizar esse sonho.
Aí eu tenho duas opções: ou fico
só sonhando com isso, ou eu tento fazer do meu jeito.
Quando essa duvida esbarra em
minha vida – e isso acontece com muita regularidade – eu SEMPRE vou escolher
dar um jeito, do meu jeito.
Continua...
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